Segurança hídrica é desafio

Gaetani: sociedade precisa compreender melhor a situação. Foto: Paulo de Araújo/MMA

Sociedade precisa tomar conhecimento de que água é um recurso finito e escasso.

Especialistas, comunicadores e representantes da sociedade civil participaram, na tarde da sexta-feira (22), da sexta edição do seminário “Água, Comunicação e Sociedade no Ano Internacional de Cooperação pela Água”, realizado com o objetivo de divulgar como é feita a gestão dos recursos hídricos no Brasil. Durante o evento, realizado no Museu da República, em Brasília, foi lançado um selo comemorativo à data, que integra as atividades pelo Dia Mundial da Água, data instituída pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 1992.

O seminário foi promovido, de forma conjunta, pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional de Águas (ANA), Unesco e da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal, com apoio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e do Museu da República. Na abertura do evento, o secretário executivo do MMA, Francisco Gaetani, lembrou que o Brasil está em posição de destaque por ser um país megadiverso em água, florestas e biodiversidade. “A segurança hídrica é um dos grandes desafios da humanidade neste século”, disse Gaetani, representando a ministra Izabella Teixeira.

Fonte de vida

O diretor da ANA, João Gilberto Lotufo, lembrou que a água é um bem sem o qual não se consegue viver, daí a necessidade de se fazer com que a sociedade participe de eventos como as comemorações pelo Dia Mundial da Água, um recurso finito e cada vez mais escasso, alertou. Como 2013 é o Ano Internacional de Cooperação pela Água, o representante da Unesco no Brasil, Lucien André Muñoz, disse que as diferentes parcerias em torno do tema mostra a relevância desta substância para a vida, a saúde e o desenvolvimento humano. Ele acredita que a gestão eficiente desse recurso natural passa pela conscientização dos usuários, dentro e fora das fronteiras brasileiras. “Cooperação é nossa palavra de ordem”, enfatizou.

A 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, prevista para ocorrer de 24 a 27 de outubro com o tema resíduos sólidos, foi apresentada aos participantes do seminário pelo diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do MMA, Geraldo Vitor de Abreu, que enfatizou o impacto dos resíduos gerados na gestão dos recursos hídricos. A proposta colocada pelo MMA na política ambiental brasileira, segundo Abreu, tem como meta a eliminação dos lixões até 2014, eliminando-se um modelo que gerou passivo ambiental e social impactantes, pois envolve, hoje, pelo menos 600 mil trabalhadores que fazem a catação nos lixões.

Foto: Gates Foundation

Tudo azul

Em comemoração ao Ano Internacional de Cooperação pela Água e para incentivar a participação popular na Hora do Planeta, desde da noite de sexta-feira, 22, os principais edifícios da Esplanada dos Ministérios foram iluminados de azul em função de uma parceria entre a ANA, GDF, Unesco, WWF Brasil e o Programa Água Brasil do Banco do Brasil. O objetivo desta iniciativa é chamar atenção da sociedade para as questões que envolvem o uso e a preservação da água, desafio crescente dos governos de todos os países.

A quinta edição da Hora do Planeta ocorreu no sábado, dia 23, entre 20h30 e 21h30, quando a luz azul da Esplanada dos Ministérios foi apagada, bem como a iluminação dos demais edifícios públicos do GDF e de toda a Terra, numa demonstração de que as pessoas estão preocupadas e dispostas a fazer sua parte para combater o aquecimento global. Na sequência, os prédios voltam a receber a azul até domingo, 31 de março. Serão iluminados o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, o Palácio do Buriti e a Catedral.

A Hora do Planeta é um ato simbólico, promovido no mundo todo pela organização não governamental WWF. Este ano, a entidade chamará atenção para os desafios em torno dos recursos hídricos, por se tratar do Ano Internacional de Cooperação pela Água.

* Publicado originalmente no site Ministério do Meio Ambiente.