Dos filmes contemporâneos internacionais que serão exibidos durante a 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, 12 são dirigidos ou co-dirigidos por mulheres. Conheça as cineastas e seus filmes:
Farida Pacha é uma indiana formada em artes plásticas e mestre em cinema pela Southern Illinois University (EUA). Meu Nome é Sal é seu primeiro documentário de longa duração, e a fez ganhar, dentre outros, o Prêmio Revelação do IDFA – Festival Internacional de Documentário de Amsterdam (Holanda) e o Prêmio Especial no CinemAmbiente (Itália). Será exibido pela 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental dentro do eixo Povos e Lugares: http://goo.gl/GMvQa8
A diretora de A Tragédia do Lixo Eletrônico (http://goo.gl/6Vn9W7), Cosima Dannoritzer, já participou da Mostra Ecofalante em sua 1ª edição, com o aclamado documentário The Light Bulb Conspiracy, de 2009. Seus filmes investigam o consumo na sociedade atual, e suas consequências. Em entrevista publicada no Estado de S.Paulo, ela conta como sua curiosidade pessoal a fez produzir os filmes: “Nós estamos usando os recursos naturais muito mais rápido do que o necessário porque uma vez que algo é jogado fora, a maioria dos materiais não é reutilizada, incluindo alguns metais extremamente raros, e em adição a isso nós estamos criando montanhas de lixo.”
A australiana Anna Broinowski foi a primeira cineasta no mundo a conseguir acesso aos meios de produção de cinema e propaganda da Coreia do Norte. Determinada a impedir uma nova mina de gás próxima à sua casa, em Sydney, ela acabou participando de leituras de roteiro, lutas de Taekwondo de dublês, ensaios de dança, piqueniques a base de álcool e uma filmagem em um navio espião dos EUA capturado na vida real no país de Kim Jong Il. O resultado da experiência é o filme Crie com Ambição!, uma comédia “revolucionária” sem precedentes: http://goo.gl/eFG3zu
Dana Nachman divide com Don Hardy a direção de O Experimento Humano (http://goo.gl/gU54FO), que tem produção executiva e narração do ator Sean Penn. Cineasta e professora convidada de jornalismo na Stanford University, Nachman já ganhou diversos prêmios por seus trabalhos, incluindo 3 Emmy®s. Outros filmes de sua autoria são Witch Hunt (2008) e Love Hate Love (2011).
Duas diretoras participantes da Mostra exibiram seus filmes na mesma seção do Festival de Berlim (Culinary Cinema): Julie Perron, com O Semeador (http://goo.gl/srmoIr), e Nora Madray, de 3 Acres em Detroit. Em entrevista sobre a produção de O Semeador, Perron conta: “Comecei no National Film Board of Canada (NFB) e muito da minha produção cinematográfica foi influenciada pelo estilo de ‘cinema direto’. Também viajo muito, e cheguei à conclusão de que Québec é um dos melhores lugares para se viver como uma mulher criativa. Nós somos livres para fazermos o que quisermos, há pouca pressão social, é possível arranjar financiamento – se você tem ideias e quer trabalhar, pode fazer com liberdade. Não que seja fácil; mas é possível”.
Encantada por Detroit e sua capacidade de reconstrução, Nora Madray decidiu acompanhar dois homens que tentam construir uma estufa e uma nova forma de agricultura orgânica urbana, o que resultou no filme 3 Acres em Detroit (http://goo.gl/g7nsKn). “Eu amei o ar cinematográfico de Detroit, com todas as ruínas – realmente dá para sentir seu lugar no mundo e o impacto que você tem no meio ambiente”, disse à revista Astronaut.
Cristina Picchi é uma cineasta italiana e escritora premiada. Dirigiu Inverno, ganhador do prêmio de Melhor Curta no Festival de Locarno (Suíça) e do prêmio WWF no Festival de Documentário de Thessaloniki (Grécia). O filme, inédito no Brasil, será exibido pela 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental na temática Povos e Lugares, e é o retrato de uma estação – uma viagem pelo norte da Rússia e pela Sibéria, através dos sentimentos e pensamentos das pessoas que têm que lidar com um dos climas mais severos do mundo; uma realidade em que a fronteira entre vida e morte é tão sutil que é por vezes quase inexistente, na qual a civilização constantemente tanto luta quanto abraça a natureza e suas regras atemporais e ritos: http://goo.gl/FQxtXN
Através de uma narrativa reveladora, Heidi C. Morstang explora em Próspera Montanha a paisagem global do Ártico, que desempenha um papel importante em um frágil sistema ecológico. Pelo retrato do aparentemente inóspito inverno polar, somos apresentados à intervenção humana nos esforços de mineração, transporte e armazenamento global de sementes.A diretora dá aulas de fotografia na Plymouth University (Reino Unido) e trabalha com imagem em movimento e documentários experimentais. Seu interesse é nas histórias sociais, arqueológicas e mitológicas presentes nas paisagens: http://goo.gl/2BiMjK
Femke Wolting é uma das principais produtoras de midia indepentendente da Holanda. Iniciou o Exploding Cinema, dentro do Festival Internacional de Cinema de Rotterdam, que analisa o futuro das mídias, organiza exibições, conferências e master classes sobre o assunto. Em 2000, co-fundou a produtora Submarine, que realiza documentários, jogos e animações. Seu filme na Mostra, O Último Sequestro, mistura imagens reais com animação para mostrar o cotidiano e os dilema de um pirata da Somália: http://goo.gl/9AbtS1
Eliza Kubarska é uma artista visual e escultora formada pela Academia de Artes Plásticas de Warsaw (Polônia). Uma das poucas mulheres alpinistas que cria novas trilhas de escalada, se especializou em cinema de aventura e trabalha em locações extremas. Em 2007 criou sua própria companhia, a Vertical Vision Film Studio, pela qual produziu seu primeiro documentário premiado, Mountain Love Story. Numa viagem a Borneo, ilha do arquipelago Malaio, se apaixonou pela prática de mergulho, e fez o filme Caminhando sob a Água, que lhe rendeu o Prêmio especial do Júri no Hot Docs (Canadá): http://goo.gl/sXv2r3
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* Publicado originalmente no site Blog de Notícias da Ecofalante.
