Resíduos sólidos como oportunidade de negócios

Foto: Rodrigo Lorenzon
Foto: Rodrigo Lorenzon

Seminário do Sebrae promove discussão sobre cidades sustentáveis e empreendimentos criados a partir do lixo

Cuiabá/MT – Como não poderia deixar de ser, a questão dos resíduos sólidos também foi tratada no Seminário Sebrae de Sustentabilidade, nesta terça-feira, 29/07, no Centro de Eventos do Pantanal. Em um dos Diálogos do evento, chamado Cidades Sustentáveis e as oportunidades para as empresas, com mediação do jornalista Dal Marcondes.

Próximo do prazo final estabelecido pela lei de resíduos sólidos para as cidades brasileiras apresentarem o Plano de Gestão Integrada, marcado para 2 de agosto de 2014, Gabriela Gomes Prol Otero, Coordenadora Técnica da Abrelpe, falou sobre “Resíduos Sólidos: A lei e seus impactos” e apresentou um gráfico do crescimento da geração de resíduos sólidos no Brasil. Ela alertou sobre o reduzido número de municípios que conseguiram cumprir a legislação. Em abril desse ano, apenas 30% dos municípios tinha apresentado seus planos.

Chamou atenção ainda para o aumento da produção de resíduos. “Em 10 anos, de 2002 a 2012, o aumento foi de 21%, bem acima do crescimento populacional do período”. E destacou a importância da necessidade de se repensar o consumo, reaproveitar e reciclar os resíduos e instalar usinas de compostagem, uma vez que 50% dos resíduos do Brasil são orgânicos.

Por outro lado, existem exemplos de cidades sustentáveis e empresas que transformam a sustentabilidade em oportunidades de negócios. Caso da empresa Marca Ambiental, primeiro aterro sanitário privado do Brasil, instalado em Cariacia (ES), que atende 22 municípios e é considerado um exemplo no Brasil. A experiência de sucesso foi apresentada por Mirela Souto. Ela contou que 60% dos resíduos processados na empresa vêm de origem privada e 40% do lixo urbano.

Fora do Brasil, o caso de Freiburg, cidade alemã que se tornou referência em sustentabilidade a partir da geração de energia solar, foi descrito por Rolf Buschmann. Ele contou que começou a construir a primeira usina com recursos próprios e enfatizou que a sustentabilidade tem que ser trabalhada como um negócio.

O Seminário Sebrae de Sustentabilidade encerra-se hoje , 31 de julho.

* Publicado originalmente no site Centro Sebrae de Sustentabilidade.