Plataformas ajudam a entender questões do Enem

Às vésperas das provas dos vestibulares de inverno estudantes abarrotam salas de cursinhos Brasil afora, no entanto, uma opção para aqueles que não podem pagar mensalidades altas para estudar são os aplicativos e as plataformas on-line a preços bastante populares. O Porvir já apresentou inúmeros desses ambientes virtuais, desde apps no Facebook que ajudam a estudar para o Exame Nacional do Ensino médio até mesmo portais direcionados a vestibulandos, como o Descomplica e Projeto Medicina. Nesta lista, agora fazem parte também, duas plataformas focadas em resolver, em vídeo as temidas provas: o EduMe e o Aprimora.

“Nossa proposta é auxiliar os alunos na preparação para as provas. A ideia é servir como uma ferramenta para que possam estudar resoluções de exercícios com foco no raciocínio necessário para solucionar, e não apenas mostrar a resposta”, explica Pedro Almeida, idealizador do EduMe.

Foto: freshideia / Fotolia
Foto: freshideia / Fotolia

 

Na plataforma, assim como acontece nos vídeos da Khan Academy e de suas versões nacionais – como o CalculeMais, que produz vídeos descontraídos para ensinar matemática – as explicações são feitas como espécies de miniaulas por professores de cursinhos e alunos de pós-graduação da Unicamp.

Em um dos vídeos, por exemplo, um professor especializado em exatas comenta a prova de ciências humanas e tecnologia do Enem 2011. Nela, ele avalia o grau de dificuldade de cada área do conhecimento, bem como comenta cada questão individualmente. Considerada entre um nível médio e difícil, “a prova apresentou algumas perguntas bastante simples, em sua maioria mais teóricas”.  Menciona, sobretudo, os enunciados mais rebuscados e como determinadas perguntas ficariam mais claras, se fossem mais objetivas, como no exemplo: “um imã que induz o ordenamento dos pólos magnéticos na guitarra” quando o enunciado poderia simplesmente dizer que “magnetiza a corda da guitarra”.

Ao todo, o EduMe disponibiliza soluções didáticas para mais de 2.500 exercícios de vestibulares como USP, Unesp, Unicamp e Enem, entre outros. “O app ajuda a respeitar o ritmo de aprendizado do estudante, possibilitando que eles pesquisem os exercícios desejados usando diversos filtros, que são classificados por prova, matéria, ano, dificuldade e assunto”, afirma Almeida.

Pelo acesso à plataforma é cobrado R$ 11,90, por ano. O custo dá aos jovens o direito de assistir, de forma ilimitada, a todos os vídeos, e acessar ao banco de questões. No entanto, para aqueles que não querem pagar pelos conteúdos, o portal também disponibiliza, gratuitamente, a resolução comentada das questões da prova de 2011 do Enem.

Aprimora

Também seguindo a onda das plataformas on-line, o recém lançado Aprimora, da Positivo Informática, está disponível para dispositivos móveis nos sistemas iOS – por enquanto apenas para escolas. Assim como o EduMe, o app, que também é pago, oferece conteúdos para alunos que estão se preparando para o Enem e para o vestibular.

Nele, o vestibulando tem à disposição um banco com mais de 1.500 questões do Enem e 500 delas inéditas, elaborados por especialistas com base no conteúdo cobrado pelo Enem. O diferencial do acesso é que o estudante é avaliado de forma progressiva, conforme o desempenho em cada teste. A partir desse nivelamento, o aplicativo vai lançando questões mais ou menos complexas, seguindo o ritmo do aluno.

O app gera gráficos e pontuações que permitem ao estudante acompanhar seu desempenho em cada uma das áreas que esteja estudando. É possível ainda ver a evolução do aprendizado pela quantidade de testes respondidos por módulo, o número de acertos e erros e o tempo médio de resposta.

De acordo com os criadores do Aprimora, isso permite que cada aluno percorrer seu próprio caminho de estudo e, se necessário, o sistema apresenta questões resolvidas, vídeos e conteúdos de apoio para que ele possa melhorar seu desempenho.

* Publicado originalmente no site O Porvir