IV CBJA: Como fugir do economês na Rio+20?

A cobertura dos temas ambientais no Brasil avançou muito nos últimos anos. Tanto na mídia especializada, quanto na grande imprensa, onde diariamente são publicadas notícias sobre meio ambiente. Isso ocorre por duas razões. Os problemas ambientais estão mais graves e o setor empresarial mais mobilizado. Ainda há muito a melhorar na abordagem da imprensa, mas inegavelmente as questões ambientais estão muito mais presentes na agenda pública do que estavam no final do século passado e no início desta década.

É inegável também o aumento da importância das redes sociais na articulação dos jornalistas da área e na difusão das informações, ampliando a articulação do setor iniciada em 1998 através da criação da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental. Estas foram as minhas primeiras impressões após acompanhar a metade dos painéis realizados no IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, que ocorre no campus da PUC do Rio de Janeiro.

Nestes dois dias, jornalistas envolvidos com o tema de diferentes regiões estão se reencontrando e novos colegas estão chegando ao setor. O mote de todos é a realização da Rio + 20 em junho do ano que vem. Como muitos dos presentes também trabalharam na cobertura da Rio 92, estamos aproveitando para imaginar as melhores abordagens possíveis para a cobertura do megaevento que vai movimentar o Brasil no próximo ano sem cair excessivamente no economês, pois a economia verde será o tema central. As novas pautas da sustentabilidade, inclusive, é o painel que vou moderar daqui a pouco.

* Publicado originalmente no site do IV Congresso de Jornalismo Ambiental.