Crise da água em SP piora e iniciativa popular pressiona por soluções

Foto: http://www.change.org/
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Uma nova medição do volume de água do Sistema Cantareira, que abastece 8 milhões de pessoas na cidade de São Paulo e mais dez cidades vizinhas, indica que seu nível já está abaixo de 10% da capacidade total. O cálculo divulgado na última quinta-feira (11) inclui o chamado “volume morto”, que normalmente não entra nas contas porque seu uso não é seguro – contudo, desde maio a Sabesp vem captando água de lá.

Apesar de São Paulo estar sofrendo com baixos níveis de chuva, o principal responsável por essa crise histórica é o governo do estado. A gestão de recursos hídricos é deficiente há muito tempo, e mais de uma década atrás relatórios já indicavam a necessidade de reformas estruturais que não foram implementadas devidamente. Neste cenário de crise, as prefeituras também podem atuar de maneira mais firme, uma vez que elas têm contratos com a Sabesp que não estão sendo adequadamente cumpridos e assumem parte da responsabilidade por garantir que a água chegue aos cidadãos.

Não faltam caminhos para solucionar o problema, e para preparar-nos para lidar com instabilidades no ciclo da chuva – que devem se agravar caso não se tome medidas para barrar as mudanças climáticas a nível global.

Com o objetivo de pressionar o governo do estado a agir e simultaneamente coletar propostas sustentáveis de manejo da água com o apoio da população, um grupo cidadãos paulistanos criou a petição “A crise da água tem solução, adotem medidas pelo manejo sustentável da água em São Paulo”, conectada a uma plataforma virtual colaborativa.

O Greenpeace apoia a iniciativa, e está ao lado daqueles que demandam ação urgente para a superação dessa crise!

* Pedro Telles é assessor de Políticas Públicas do Greenpeace.

** Publicado originalmente no site Greenpeace.