Conferência Ethos: Evento discute o papel das empresas na economia verde

Luciano Coutinho, do BNDES, entre Sérgio Mindlon (esquerda) e Jorge Abrahão, ambos do Ethos. Foto: Mercado Ético

Começou nesta segunda-feira (11), em São Paulo, a Conferência Internacional Ethos 2012, que, desta vez, tem o tema “A empresa e a nova economia – o que muda com a Rio+20”. Este ano, o evento tem o objetivo de contribuir para o debate na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com início na quarta-feira (13). Os organizadores do evento querem uma participação ativa das corporações na conferência da ONU, no Rio de Janeiro. “Não haverá economia verde se as empresas não estiverem envolvidas”, enfatiza Sérgio Mindlin, presidente do conselho deliberativo do Instituto Ethos. Assim, o encontro discute 10 grandes temas a serem tratados na Rio+20. “Queremos descobrir a essência de cada um deles”, continua.

Jorge Abrahão, presidente do Ethos, explica: “queremos dizer que vamos fazer tais e tais coisas para desenvolver a economia verde do Brasil, mas também queremos que o governo aprove ações que estão presentes no rascunho zero, para não perdermos oportunidades de negócio e competitividade.”

Algumas oportunidades relativas ao desenvolvimento sustentável fizeram parte da apresentação de Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ele, que foi o palestrante da plenária de abertura da conferência, ressaltou a crescente importância do Brasil e dos grandes países emergentes no cenário mundial, principalmente depois do agravamento da crise na Europa e nos Estados Unidos. “Isso muda a perspectiva com relação ao que foi a Eco92. O Brasil pode e deve assumir um papel de liderança propositivo”, enfatiza.

Coutinho também acredita que os avanços realizados pelo setor privado na busca de modelos sustentáveis precisam de um impulso novo. “As lideranças amadureceram, mas é preciso um esforço para criarmos uma massa crítica capaz de levar a todas as cadeias da indústria o desenvolvimento de novos padrões tecnológicos que apontem para a eficiência dos processos”, conclui.

* Publicado originalmente no site do Mercado Ético.