Fiat responde a consumidores

Greenpeaceautomoveis

Ao receber milhares de mensagens pedindo carros mais limpos e eficientes, montadora lista medidas que adota pelo meio ambiente. Greenpeace mantém posição: dá para ir além.

Na última terça-feira, o Greenpeace lançou uma campanha desafiando Fiat, Volkswagen e Chevrolet – líderes em vendas de automóveis no Brasil – a produzir veículos que consumam menos combustível e emitam menos gases estufa. A Fiat começou a responder, por email, às milhares de pessoas que enviaram mensagens pedindo essa mudança. As demais companhias ainda não se manifestaram.

No email enviado pela Fiat (íntegra abaixo), a companhia elenca várias medidas mostrando comprometimento com inovações que reduzem o impacto ambiental de seus veículos. Para exemplificar, a montadora cita um de seus carros novos que, segundo ela, emite menos CO2 que a média.

A Fiat também destaca que 97,5% de seus automóveis são flex, podendo ser abastecidos com etanol. E nesse caso, sugere a empresa, o problema está resolvido, pois o combustível é 100% renovável e “praticamente neutraliza as emissões de CO2 na atmosfera com o ciclo do plantio da cana-de-açúcar”, diz a nota.

O Greenpeace mantém sua posição: dá para ir além. Os novos veículos que a fabricante têm colocado no mercado brasileiro, com eficiência energética superior à média dos veículos nacionais, são a prova disso: a tecnologia não só existe como está acessível. O que o Greenpeace e os consumidores estão pedindo é que essa prática – que significa menos emissões e menos consumo de combustíveis – não seja fato isolado, mas que se torne padrão em todos os veículos produzidos pela montadora.

Se a Fiat já está aplicando essas inovações tecnológicas em alguns de seus automóveis, não há motivos para que ela não se comprometa com as mesmas metas de eficiência energética europeias, alinhando toda sua frota com o que há de mais avançado em termos de redução de consumo de combustível.

Quanto à adoção de motores flex, abastecidos com etanol, não se pode ignorar dois elementos: isso não significa ganho de eficiência energética – desde que foi criada, a tecnologia flex avançou pouco nesse sentido. E há impactos socioambientais inegáveis da atual produção de biocombustíveis no Brasil, como o desmatamento, o avanço sobre outras culturas alimentares e a contaminação de água e solo por fertilizantes. O investimento em eletromobilidade também pode ser uma resposta a essas questões.

Enquanto esses problemas são solucionados no médio e longo prazo, medidas de eficiência energética são a melhor solução de curto prazo na redução de emissões e de consumo de combustíveis. Esperamos que a Fiat, líder em vendas de carros no Brasil, também lidere o caminho para carros mais limpos e eficientes.

Leia abaixo o email enviado pela Fiat

Agradecemos o envio de sua mensagem. A propósito do tema que é sua preocupação, gostaríamos de observar que a Fiat foi uma das primeiras fabricantes do país a apoiar voluntariamente o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) criado em 2009 pelo Inmetro, ao informar com transparência aos consumidores os valores de consumo de combustível de seus principais modelos e de emissão de CO2.

A cada novo lançamento, a Fiat investe em tecnologias para ampliar a eficiência energética e reduzir a emissão de CO2, com resultados concretos para a qualidade do ar. O Novo Uno com motor 1.4, que recebeu nota A no PBEV 2014, emite 97,4 gramas de CO2 fóssil – valor que está abaixo da marca exigida pelo Inovar-Auto em 2017 e pelas legislações europeias vigentes, comprovando a constante evolução da Fiat por veículos cada vez mais eficientes. O Palio Fire e o Novo Fiorino, recém-lançados, também trazem importantes inovações como pneus verdes, óleo lubrificante do motor com aditivos de baixo atrito, melhorias aerodinâmicas, entre outras tecnologias e ações, com foco na redução do consumo de combustível. Atualmente, 80% dos veículos produzidos têm pneus de baixa resistência a rolamento (pneus verdes).

Vale destacar que 97,5% dos veículos da marca Fiat comercializados são flex, que podem ser abastecidos com etanol – combustível 100% renovável que praticamente neutraliza as emissões de CO2 na atmosfera com o ciclo do plantio da cana-de-açúcar. Além da escolha do combustível, a manutenção dos veículos também é um importante diferencial com reflexos diretos na emissão de CO2. Velas usadas, filtro de ar sujo, pneus com calibragem fora do padrão e suspensões desalinhadas ampliam, em média, 20% do consumo de combustível. Com o objetivo de conscientizar os motoristas para os riscos da falta de manutenção, a Fiatrealiza, de forma contínua, campanhas educativas.

É importante lembrar também que a Fiat foi a primeira fábrica de automóveis a conquistar a ISO 14001, em 1997, que atesta a eficácia de nosso Sistema de Gestão Ambiental. E a Fiattambém foi a primeira montadora do Brasil a conquistar a ISO 50001, de gestão da energia.

Fiat Chrysler América Latina

* Publicado originalmente no site Greenpeace.