Projeto vai mapear microbacias no Sistema Cantareira

O projeto pretende compreender como a estrutura ambiental da região se relaciona hoje com a comunidade local.

O Sistema Cantareira, considerado um dos maiores do mundo, abrange 12 cidades, possui cerca de 2,2 quilômetros quadrados e abastece 8,8 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo. Porém, sua construção no ano de 1960 pelo governo de São Paulo gerou diversos impactos socioambientais.

O foco do mais recente projeto do IPÊ denominado “Diagnóstico Socioambiental nas Microbacias de contribuição dos Reservatórios Atibainha e Cachoeira, SP”, que está sendo desenvolvido paralelamente aos trabalhos de pesquisa sobre Serviços Ecossistêmicos em Nazaré Paulista (um dos finalistas do prêmio da ANA 2010) é compreender como a estrutura ambiental da região se relaciona hoje com a comunidade local. Esse trabalho será realizado com financiamento do FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos).

“Esse projeto é inédito na região do Sistema Cantareira. Ele está baseado em um Sistemas de Informações Geográficas com dados de alta resolução que irá subsidiar ações de restauração florestal, e também um levantamento in loco do comportamento, atitude, demanda e perfil dos diferentes grupos socioeconômicos e culturais da região. Tudo isso de forma integrada”, afirma Thomaz Almeida, coordenador executivo do projeto.

“Esse é um ponto chave para nossa articulação regional e para discussões com a comunidade sobre ações que podem ser eficientes para conservação da biodiversidade e desenvolvimento, principalmente para dar suporte a um programa funcional de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) .” completa Thomaz.