Tráfico da fauna e flora gera cerca de US$ 200 bilhões por ano

Os produtos mais contrabandeados atualmente são madeira, marfim e chifres de rinoceronte. Foto: brittanyhock
Os produtos mais contrabandeados atualmente são madeira, marfim e chifres de rinoceronte. Foto: brittanyhock

Uma forma coordenada de combate ao crime ambiental e ao tráfico de espécies silvestres é um dos temas da primeira Assembleia sobre Meio Ambiente das Nações Unidas, que foi aberta na segunda-feira, 23 de junho, em Nairóbi, capital do Quênia.

O tráfico da fauna e da flora gera cerca de US$ 200 bilhões por ano, como explicou o chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner.

Ele afirmou que a Assembleia em Nairóbi irá debater uma forma de controlar o crime ambiental de maneira coordenada com medidas legislativas, de implementação da lei e de cooperação entre países, além da polícia internacional (Interpol). Segundo Steiner, os produtos mais contrabandeados atualmente são madeira, marfim e chifres de rinoceronte.

Para o chefe do Pnuma, o crime ambiental está empobrecendo nações, minando os sistemas de governo e ameaçando a fauna e a flora de vários países.

Lixo ambiental

Achim Steiner fez as declarações durante entrevista a jornalistas na sede do Pnuma em Nairóbi. A agência da ONU está abrigando durante toda esta semana uma série de reuniões da primeira Assembleia do Meio Ambiente.

Entre os temas debatidos estão também a questão de gênero, componentes químicos e lixo ambiental, economia verde e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que passarão a valer após 2015, quando expira o prazo para o cumprimento das Metas do Milênio.

Mais de 160 países enviaram seus ministros do Meio Ambiente e do Desenvolvimento a Nairóbi. O evento está sendo acompanhado ainda por jornalistas de todos os continentes.

O encontro termina na sexta-feira (27), com a participação do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon.

* Publicado originalmente no site EcoD.