Estudo da agência defende que níveis do continente podem estar entre 10 a 30 vezes acima dos limites da Organização Mundial de Saúde.
Um relatório do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, refere que a poluição do ar em África pode estar entre 10 a 30 vezes acima dos limites da Organização Mundial de Saúde.
Publicado esta quinta-feira, em Nairobi, o documento intitulado “Perspetivas para o Ambiente em África 3” destaca a existência de partículas poluentes com impacto na saúde humana.
Combustíveis
Uma das grandes preocupações prende-se com áreas rurais mais pobres, confrontadas com o fraco acesso a fogões e a combustíveis mais limpos. O estudo aponta que a situação provoca impactos significativos para a saúde devido à poluição no interior das casas.
A recomendação é que os líderes do continente coloquem a implementação das políticas do meio ambiente e os problemas de saúde no topo das agendas políticas nacionais.
Substâncias
Além da poluição do ar, é igualmente apontada a necessidade de abordar desafios crescentes como o das doenças transmitidas por vários vetores e a exposição das populações a substâncias químicas.
O documento encomendado para a Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente, foi baseado em dados que apontam que riscos ambientais contribuem em 28% para as doenças em África.
Impactos
Infeções como diarreia, doenças respiratórias e malária compõem 60% das enfermidades causadas pelos impactos ambientais no continente.
Cerca de 10% das doenças são causadas pela falta de água, saneamento e higiene, sendo as crianças consideradas as maiores afetadas.
* Publicado originalmente no site Rádio ONU Brasil.