"Pobreza não é uma sentença", afirma Joaquim de Melo Neto

“A pobreza não é uma sentença. A pobreza não é uma dádiva de Deus, nem uma coisa que não tem jeito. Basta que nós possamos, aqui, produzir, consumir, vender, comercializar uns para os outros. Se eu faço as pessoas acreditarem nisso, eu consigo o que eu quero”, afirma Joaquim de Melo Neto, finalista do Empreendedor Social 2008 e membro da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.

Teólogo e educador, Joaquim criou o Banco Palmas, o primeiro comunitário do país e o mais importante, e introduziu um modelo inédito com propriedade e gestão da comunidade. “Esse banco, que hoje está em 32 cantos do Brasil e vai se multiplicar muito mais, não surgiu em Harvard, não surgiu na USP, não surgiu na Fundação Getulio Vargas (FGV) – nada contra todo esse povo, nada contra ninguém –, mas surgiu numa favela nos grotões do Nordeste do país.”

Joaquim é um dos 18 empreendedores sociais entrevistados no documentário Quem se Importa (www.quemseimporta.com.br), de Mara Mourão, que estreou em 13 de abril em São Paulo e chega ao Rio no dia 20.

Filmado no Brasil, Peru, Estados Unidos, Canadá, Tanzânia, Suíça e Alemanha, Quem se Importa, conta a cineasta, reúne histórias de homens e mulheres que têm como denominador comum a ação, tendo sempre como ponto de partida um incômodo grande com relação a determinada situação. “Essas pessoas arregaçaram as mangas, pensaram em ações que pudessem reverter aquilo, geralmente a baixo custo e alto impacto, e executaram.”

Mas, afinal, quem é o empreendedor social? Qual a diferença entre eles e os empreendedores de negócios? Todo mundo pode mudar o mundo ou é preciso ser alguém com um dom especial?

Veja o que diz Joaquim:

* Publicado originalmente no site Prêmio Empreendedor Social/ Folha de S.Paulo.