Cidades melhores: quem não quer?

Tinha gente de bike, gente sentada no chão, uns de cabelos brancos, outros de alargador na orelha, gente de gravata e gente de bermuda. Todo mundo ali, junto, querendo uma coisa só: cidades melhores, feitas para pessoas. Para todas elas. O clima foi mais ou menos assim no seminário de mobilidade urbana promovido pelo Greenpeace na última sexta-feira, 27 de junho, em São Paulo.

Porque é isso mesmo: melhorar a mobilidade significa melhorar diretamente a qualidade de vida das pessoas. Dar a elas o direito de acessar tudo o que as cidades têm de bom a oferecer. Significa garantir que a gente tenha escolhas democráticas e eficientes de deslocamento para o trabalho, para a faculdade, para o cinema, para onde for.
Mas para ter esse sonho de pé, não basta só reunir gente. É preciso botar na mesa conhecimento, experiência, vivências. E teve muito disso também no seminário. Uma parte, a mais teórica, você encontra aqui neste link, com as apresentações que os especialistas convidados fizeram sobre o assunto. E abaixo, algumas impressões de quem participou do evento. Vamos em frente!

Vivian Ragazi
Jornalista

Quando vi a programação do evento achei muito legal, porque trouxe especialistas bem renomados. Foi muito interessante. Trouxe muitas questões que ajudam a gente a avaliar melhor o que pode ser feito. Discussões sobre como podemos ter mais qualidade de vida, como você transforma uma cidade para pessoas, e não para carros. Pensar a partir dessa ótica é o que mais me interessa. Foi muito bom.

Heloisa Motta
Engenheira Ambiental

Tem dia que eu quero me deslocar de bike, mas tem dia que eu quero pegar um ônibus e ir lendo um livro. E tem dia que eu quero ir a pé. Você tem que ter liberdade de escolhas. Quais as ferramentas políticas para realmente termos uma democracia quando falamos em mobilidade? Tudo isso aconteceu aqui hoje, foi falado, discutido. Quando você pensa em aproveitar a cidade, se deslocar de melhor maneira e se apropriar dos espaços coletivos, não é uma questão de mudar o mundo. É uma questão de melhorar totalmente sua qualidade de vida.

Luiz Rocha
Arquiteto e urbanista

Mobilidade urbana é um tema que me interessa porque afeta diretamente quase 100% das pessoas. É de suma importância. Vim aqui para aprofundar, pegar dados, ter base para entender a situação e usar no meu cotidiano, na minha vida. O debate foi muito proveitoso. Os debatedores tinham boa formação, conteúdo muito aprofundado. Aprendi bastante para estar mais inteirado e, quando conversar sobre isso, ter base de dados para argumentar e defender melhorias na mobilidade. Valeu muito a pena.

Hélio de Camargo
Membro do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito de São Paulo

O evento discutiu a mobilidade e mostrou a importância desse tema numa cidade principalmente como São Paulo, com todas suas dificuldades. Os convidados apresentaram não só os problemas, mas também soluções para o tema. Essas discussões são importantes para trazer qualidade de vida para as pessoas, para não perderem tanto tempo com mobilidade e para poderem usufruir da cidade.

* Publicado originalmente no site Greenpeace.