Onde está a sua beleza?

Foto: Reprodução/Internet
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Cuidar da beleza é um exercício que nunca acaba, e que precisa ser sustentado a cada instante. Desde o acordar até a decisão de ir para a cama, nas mais diferentes situações, nos reafirmamos quão belo somos. E não é apenas por meio daquele olhar ligeiro ou longo diante espelho que nos enxergamos.

Trata-se de reconhecer, valorizar e fortalecer o verdadeiro belo que nos habita e nos permite enfrentar os desafios e as oportunidades cotidianas, firmes e seguros, e sem se deixar enquadrar nos padrões impostos pela sociedade de consumo.

Cada um é um ser distinto, bonito na sua essência, e com os recursos necessários para assumir seu espaço e o seu lugar neste mundo. Essa é a convicção que precisa ser descoberta e nutrida dentro, e não fora.

Cada um deve conhecer e acionar o conjunto de conexões internas, que nos permite exercitar as habilidades natas e as aprendidas, para que possamos lidar com os acontecimentos, os quais, muitas vezes, nos tira do eixo ou nos faz enxergar outras janelas, a fim de que, com equilíbrio, consigamos ver e sustentar percepções; decodificar e superar dúvidas ou revisitar as nossas certezas.

O ser humano bonito por natureza é consciente dos seus valores e aptidões, e se permite transitar com desenvoltura pelos diversos territórios do viver. E quando quiser dar um “tapinha” na aparência pode escolher entre milhares de Salões de Beleza disponíveis em todos os bairros da sua cidade.

Bem disse o Zeca Baleiro: “Você não precisa de um salão de beleza. Há menos beleza num salão de beleza. A sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de qualquer salão”. E digo também que belos são os profissionais que sabem exatamente como realçar a beleza de cada um de nós, independente do Salão que eles estão ocupando. Por aqui, fico. Até a próxima.

Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.