Onde foram parar as nossas estações?

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Pelo menos na cidade de São Paulo o Outono ainda não chegou. Principalmente no decorrer do dia as temperaturas continuam altas, como se fosse Verão.

Se para os setores ligados à moda, os quais associam os seus lançamentos às estações do ano, está cada vez mais difícil acertar o que produzir, imagine para a natureza, que não dispõe de tecnologia nem de instrumentos que permitam ajustes climáticos com antecedência e até de última hora.

Em um tempo não tão distante, março era o mês de chuvas “fechando o verão”, como escreveu e cantou Tom Jobim em uma das músicas mais conhecidas da Bossa Nova.

Neste ano São Pedro decidiu fechar as torneiras e nada de água para abastecer os nossos rios, lagos, reservatórios e as centenas de centros de tratamento. O resultado dessa secura é que os paulistanos correm o risco de ficar com os canos vazios.

Tudo bem que nesse caso, além dos aspectos naturais, ocorreram problemas de gestão das organizações que respondem por administrar esse importante recurso hídrico.

Voltando à estação em vigor, é impossível prever quando ela chegará por aqui com aquele friozinho gostoso, que permitirá caminhar sem muita transpiração, dormir protegido com uma manta leve e acordar vendo uma ligeira névoa que, durante o dia, se dissipará revelando o azul do céu e o sol não ardente.

Como vivemos sob a órbita das indefinições, não será surpresa se numa hora dessas formos visitados pela atmosfera do Inverno, depois de experimentar uma semana com os traços da Primavera.

Diante de um cenário imprevisível, cabe a cada um cuidar do equilíbrio físico e mental, a fim de evitar que o nosso corpo sofra com os reflexos das transformações externas, pelas quais não dispomos de qualquer mecanismo controle. Por aqui, fico. Até a próxima.