Evolução da classe média muda perfil social do país de pirâmide para losango

Esqueça o tradicional modelo de pirâmide ao pensar no desenho das camadas sociais brasileiras. O novo perfil social do país forma agora um losango, aproximando-se mais do padrão dos países desenvolvidos, segundo a pesquisa ‘O Observador Brasil 2011’, divulgada nesta semana.

O levantamento foi realizado pela Cetelem BGN, empresa ligada ao banco francês BNP Paribas, e apontou a ascensão de aproximadamente 19 milhões de brasileiros das classes D e E para a classe C. Com a migração, a classe C (estrato social correspondente à classe média) integra mais de 101 milhões de pessoas, 53% da população.

Na base do losango, as classes D e E representam 47,9 milhões de pessoas, ou 25% da população. Na fatia superior, os estratos A e B reúnem 42,19 milhões de pessoas, ou 21% dos brasileiros.

Em 2005, a classe AB representava 15% da população, a C, 34%, e a DE, 51%.

Otimismo brasileiro

O movimento de ascensão da classe média foi acompanhado pela melhora das expectativas da população em relação ao Brasil, segundo a pesquisa. A maioria dos consultados acredita no crescimento do país (60%), no aprimoramento do consumo (53%) e na melhora da oferta de crédito para a população (52%).

Outro resultado positivo foi a evolução da renda disponível (rendimento total da família, descontados os gastos) em todos os segmentos sociais. Na classe média, ela passou para R$ 243, ante R$ 122 em 2005. Já, na classe AB, ela ficou em R$ 991, contra R$ 632, e na classe DE, para R$ 104, ante -R$17 (a renda disponível desse segmento era negativa, ou seja, as pessoas gastavam mais do que ganhavam).

Metodologia

Realizado em dezembro de 2010, o estudo considerou a opinião de 1,5 mil pessoas, em 70 cidades espalhadas, de nove regiões metropolitanas do país. A pesquisa está em sua sexta edição.

(Com informações do Meio e Mensagem Online)

*Publicado originalmente no portal As Boas Novas.