Venezuela: Lago de Valencia transborda e contamina
Honduras: Produtores de açúcar ampliam geração de energia limpa
Brasil: Poluição do ar prejudica sistema nervoso

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VENEZUELA – Lago de Valencia transborda e contamina

Caracas, 5 de dezembro de 2011 (Terramérica).- O Lago de Valencia, no norte da Venezuela, sobe de nível e ameaça dezenas de milhares de famílias em áreas ribeirinhas com sua umidade, impacto nas estradas, danos a encanamentos, e vazamento de esgoto.

É uma consequência de sedimentações causadas por anos de desmatamento e ocupação desordenada de sua bacia endorreica de 3.150 quilômetros quadrados, disse ao Terramérica o ecologista Lenin Cardozo.

“Estamos formando uma frente para exigir do governo que acelere soluções distintas para a passagem de águas para a represa Pao-Cachinche”, disse ao Terramérica o integrante da Fundação Vida Verde, Manuel Díaz.

Essa represa, recarregada com resíduos industriais presentes no Lago, abastece de água cerca de três milhões de pessoas na região.

O Ministério do Meio Ambiente estuda levar água do Lago até perto do Mar do Caribe.

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HONDURAS – Produtores de açúcar ampliam geração de energia limpa

Tegucigalpa, 5 de dezembro de 2011 (Terramérica).- Produtores de açúcar de Honduras investirão mais de US$ 35 milhões para gerar mais de 30 megawatts (MW) de eletricidade a partir do bagaço de cana.

Os seis engenhos do país produzem 126 MW de energia renovável, mas a capacidade nacional é de aproximadamente 300 MW procedentes da cana-de-açúcar, disse ao Terramérica o diretor da Associação de Produtores de Açúcar, Carlos Melara.

Desses 126 MW, cem são vendidos para a estatal Empresa Nacional de Energia Elétrica a US$ 0,07 o quilowatt. Com os US$ 35 milhões a serem investidos no ano que vem, “pensamos começar uma expansão gradual para os próximos três anos”, acrescentou.

Para seu fornecimento elétrico, Honduras ainda depende da geração térmica.

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BRASIL – Poluição do ar prejudica sistema nervoso

Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2011 (Terramérica).- A exposição excessiva à poluição do ar pode prejudicar o desenvolvimento embrionário do sistema nervoso, revela um estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP).

Os testes foram feitos com embriões de galinha, em meio ao material particulado de um bairro típico dessa cidade, uma das mais contaminadas do país.

A bióloga Paula Bertacin injetou uma suspensão de partículas finas em ovos embrionários. “Posteriormente, analisamos aspectos morfológicos das células do cerebelo, órgão do sistema nervoso central cuja sensibilidade a substâncias tóxicas é muito conhecida”, explicou ao Terramérica.

“Os resultados indicaram uma redução do número de células de Purkinje, neurônios com um papel central em várias funções”, acrescentou.

As conclusões ainda não podem ser aplicadas a seres humanos. “Agora envolveremos outros animais, como camundongos, e avaliaremos outros parâmetros, inclusive com a possibilidade de relacionar à espécie humana”, concluiu.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.