AULA PÚBLICA – 15/9 – “A Amazônia é logo ali!”

Sequência de palestras gratuitas no domingo da Avenida Paulista aborda os eventos extremos, a importância dos chamados rios voadores – inclusive para São Paulo –, a crise hídrica e a luta dos povos indígenas. Atividade integra a agenda de mobilização para a Greve Geral do Clima

Diante da crise ambiental e o desmonte das políticas para o meio ambiente.

Diante das políticas do governo Bolsonaro, pautadas pelo protagonismo do agronegócio, dos ruralistas, latifundiários e garimpeiros, que vem estruturando e legitimando a lógica desenfreada do modelo de desenvolvimento predador.

A Frente Ampla Democrática Socioambiental (FADS), como parte da agenda de mobilização para a Greve Geral do Clima, convida a todos e todas interessadas para a aula pública “A Amazônia é logo ali!”.

Com o propósito de debater e construir alternativas que considerem a questão ambiental como eixo central e estruturante para o debate do modelo de sociedade que queremos, serão abordados os temas:

Impactos dos eventos extremos

Luciana Travassos – Arquiteta e urbanista (FAU-USP) e mestre e doutora em Ciência Ambiental (Procam-USP). Professora adjunta da UFABC

Rios voadores: os efeitos para o meio ambiente e para o estado de São Paulo

Mariana Moura – Doutora em Energia (IEE-USP) e professora de Relações Internacionais da Esamc-SP

Crise hídrica em São Paulo

Francisca Adalgiza da Silva – Cientista social, pós-graduada em Globalização e Cultura, Gestão Ambiental e Gestão de Políticas Públicas. Presidente da Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp (APU)

Povos indígenas: qual modelo de desenvolvimento?

Pagu Rodrigues – Indígena, socióloga (USP) e estudante de Direito. Integrante da FADS e representante da Comissão de Povos Indígenas da OAB-SP

Participarão outras lideranças e especialistas da luta ambiental.

Data: 15 de setembro

Local: Avenida Paulista, 2163 – São Paulo

Horário: 11h às 15h

Sobre a Frente Ampla Democrática Socioambiental (FADS)

A gestão pública passa por profundas e perigosas mudanças. Políticas que garantiram papel de destaque do Brasil na agenda ambiental estão sob forte ameaça, como a manutenção dos acordos internacionalmente assumidos.

Em 2018, diante do risco de fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, pouco antes da posse do atual presidente, um grupo com mais de 300 participantes, entre pesquisadores, professores, ONGs e sociedade civil em geral, mobilizou-se a fim de definir posicionamentos e ações com rapidez para impedir os retrocessos representados pela possível fusão.

O grupo, constituído para que os defensores do meio ambiente pudessem pensar conjuntamente em estratégias, ultrapassou a barreira da virtualidade. Em novembro passado organizou a primeira reunião presencial, na qual foram estabelecidas prioridades para se consolidar uma frente ampla e democrática.

Com o nome de Frente Ampla Democrática Socioambiental (FADS), o grupo busca produzir conteúdo e elaborar estratégias e ações em vários pontos do país no intuito de construir uma agenda prioritária que seja capaz de, a partir de consensos e unidade nas diversidades, fazer os enfrentamentos necessários para garantir a preservação de nossos direitos socioambientais frente à onda avassaladora que se confirma desde os primeiros atos do novo governo.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) segue existindo, mas como mera formalidade e com um ministro com compromissos contrários à agenda ambiental desde que era secretário da pasta no Estado de São Paulo. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – dirigido por grupos com interesses opostos à conservação ambiental e ao respeito aos povos tradicionais – assumiu grande parte das tarefas do MMA, incluindo o Serviço Florestal.

Apesar da abrangência limitada, foram grandes os avanços conquistados para a política ambiental brasileira como fruto da luta e do empenho de militantes, pesquisadores e servidores públicos. Diante da atual e real ameaça de desmonte das políticas de fortalecimento rural inclusivo, indigenista, ambiental e educacional, a FADS se levanta. Com pessoas organizadas das mais diversas formas, a frente vem dizer que não descansaremos até que a política pública brasileira esteja à altura de sua diversidade e riqueza.

Mais informações:

Fabio Buonavita – integrante da coordenação executiva da FADS
(11) 98520-0417 / [email protected]