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A beleza e a força do Brasil podem estar na combinação das cores

Foto: Shutterstock
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Por Leno F. Silva – 

A beleza das cores está na mistura, que possibilita a criação de infinitas nuances e tonalidades sutis, por meio das quais é possível distinguir umas das outras.

Como somos todos diversos, valorizar, respeitar e aprender coma as diferenças deveria ser um dos mais importantes fatores a distinguir em cada pessoa. É a soma dos indivíduos, coma as suas imperfeições, talentos e personalidades que se constitui a sociedade com tudo o que ela tem de bom e de ruim.

Por isso é responsabilidade de cada ser humano refletir, dialogar, propor e agir na direção das transformações, as quais permitam alterar situações e sugerir novos rumos para a coletividade.

Hoje vivemos no Brasil um grande acirramento social por mudanças em nosso sistema político. Uma questão fundamental que merecer ser debatida e enfrentada com respeito às regras democráticas vigentes. Semelhante ao festival colorido, as belezas do nosso País estão na mistura da nossa gente, de diferentes culturas, regiões, costumes e talentos.

Quando reduzimos as nossas inquietações às cores vermelha e amarela, deixamos de observar milhares de nuances possíveis, detalhes subliminares e outros muito evidentes que estão em jogo nessa disputa de poderes.

Se a nossa democracia ainda exige aprimoramentos, e isso é bom porque evoluir é se transformar continuamente, o retrocesso não é a solução, e devemos fortalecê-la por meio de processos participativos, os quais permitam o envolvimento do maior número de cidadãos.

Como numa pintura, a beleza pode estar na combinação das cores, e o Brasil será melhor quanto mais as nossas diversidades forem verdadeiramente consideradas. Por aqui, fico. Até a próxima. (#Envolverde)

* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.