Quase toda comunidade tem um série de fontes de água limpa. Segundo o PhD e professor de sociologia, Phil Bartle, as várias fontes variam de acordo com a tecnologia necessária para trazer a água para as pessoas, e estas alternativas tecnológicas têm diferentes custos associados a cada uma delas.
Para muitas pessoas em países industrializados, conseguir água é tão fácil quanto abrir uma torneira, e também é barato, de certa forma, mas em outros países a palavra água potável é sinônimo de escassez. O fato é que a água doce não é distribuída de maneira igual no mundo inteiro. Segundo o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, mais da metade das fontes de água do mundo estão em apenas nove países: Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Brasil, República Democrática do Congo, Rússia, Índia, China e Indonésia
A maior parte da água doce do mundo, cerca de 10 milhões de quilômetros cúbicos, fica em aquíferos subterrâneos. O restante vem de:
* Chuvas e reservatórios produzidos pelo homem
* Lagos e rios
As Três Principais Categorias de Fontes
O professor Bartle afirmou que em qualquer comunidade, existem as fontes potenciais de água potável que são geralmente encontradas em três categorias: (1) água presente no ar, (2) água presente na superfície e (3) água presente no subsolo.
Água do Ar: Chuva
A maior parte da água presente no ar foi evaporada. O vapor d’água é um gás, e não um líquido.
Quando vemos nuvens, por outro lado, não estamos vendo um gás, mas água que se condensou, algumas vezes em forma de partículas de poeira. Aquelas micro-partículas são líquidas, mas são tão pequenas que ficam suspensas no ar (unidas como nuvens) até que se juntam e caem na superfície. A precipitação (água caindo na superfície) pode ocorrer enquanto a água estiver em várias formas: Se for líquida, é chamada de chuva. Se estiver cristalizada, ela cai em forma de neve. Se ela se congela em gotículas, é chamada de granizo.
Às vezes o granizo cai e sobe novamente, atraindo mais água que se congela em altitudes frias e elevadas, aumentando de tamanho. Isto pode ocorrer diversas vezes até a pedra de granizo alcançar o diâmetro de um, dois ou mesmo três centímetros.
A neve raramente cai nos trópicos, geralmente ocorre apenas em montanhas com altitudes elevadas. O granizo raramente cai mesmo nos trópicos, porque a temperatura de congelamento ocorre somente em elevadas altitudes, e não próximo à superfície, até mesmo nos climas quentes.
Na maioria dos casos, quando falamos de obter água potável do ar, estamos falando de chuva. Ao atingir o solo, estaremos falando de água da superfície. Quando a água é aquecida e evapora, quaisquer poluentes, incluindo sujeiras e micro-organismos, são geralmente deixados para trás. Se ela simplesmente se condensar de volta em líquido, esta água é a mais pura possível, como água destilada.
Infelizmente, a condensação não é um processo tão simples. Sujeira e micro-organismos estão presentes no ar e a água pode se juntar a eles. Na maioria das vezes, contudo, os poluentes não são suficientes para causar diarréia, então podemos considerar a água da chuva como muito limpa e segura para beber.
Água da Superfície: Lagos, rios e oceanos
A água da superfície geralmente encontra-se parada ou em movimento. A água em movimento pode variar muito de tamanho, indo desde pequenos filetes d’água até rios médios e grandes.
A água parada pode variar desde poças temporárias até lagos e oceanos. Pequenas poças, comuns em estações de chuva, estão frequentemente contaminadas por doenças desenvolvidas na água, enquanto as águas dos oceanos têm muito sal para ser bebida, e precisam de tecnologia especial para remover o sal.
De maneira geral, a água em movimento tem mais chance de ser potável do que a água parada. Se a água permanecer parada por muito tempo, ela pode ser tornar estagnada e poluída, como um pântano, repleto de diferentes formas de vida, e algumas delas não são boas para a saúde dos seres humanos.
Se cheira mal, provavelmente não é seguro beber.
Vários tipos de tecnologia são usados para se retirar água da superfície e enviá-las para as casas.
Água do Subsolo: Aquíferos
Quando chove, nem toda água permanece na superfície indo em direção aos rios, lagos e eventualmente ao oceano. Uma parte dela é absorvida pelo solo.
No subsolo, a água flui de maneira igual à superfície, formando rios e lagos. Uma corrente d’água subterrânea é chamada de “aquífero.” A água flui através da terra porosa, geralmente pedregulhos e areia. E é contida em terra não porosa, geralmente rocha sólida e argila.
Não existe garantia de que abaixo de uma determinada área haja um aquífero correndo. Algumas áreas simplesmente não possuem água subterrânea.
Um aquífero pode ser raso (próximo da superfície) ou profundo. Embora haja muitas variações, geralmente um aquífero raso terá água doce (não contaminada), enquanto um aquífero profundo, que fluiu no subsolo por muito tempo, será repleto de minerais, às vezes muito salgados para beber. Na maioria das vezes, a água do subsolo está disponível apenas cavando-se um poço até o aquífero e trazendo-a até a superfície por baldes ou bombas. Já se o aquífero fluir sob uma superfície desigual, ele pode aparecer na superfície. Isto é chamado de manancial. Uma comunidade que possui um manancial pode proteger a água da contaminação, em vez de cavar um poço para alcançá-la.
Outras vezes, a água do subsolo infiltra-se muito profundamente, indo até abaixo da camada mais fria, onde a terra está mais aquecida por estar mais próxima do núcleo da terra. Esta água se aquece e, quando o vapor se expande, é forçado em direção à superfície, muitas vezes emergindo como uma fonte termal.
Muitas fontes termais trazem consigo vários minerais das camadas inferiores da terra, alguns venenosos, outros com propriedades medicinais, mas raramente são potáveis.
* Publicado originalmente no EcoD.