Sociedade

Brasil está em 56º lugar no ranking de iniciativas urbanas sustentáveis

*Por Gabriel Arcon – 

Aplicar políticas públicas e privadas que incentivem ações de cunho de mobilidade urbana sustentáveis se tornou muito mais que uma ‘modinha’ e já virou uma questão de honra para países e governantes que queiram fazer alguma diferença no mundo que vivemos.

Segundo dados do site Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, nosso país encontra-se com 69,7 pontos, em um ranking de 156 países. Nossos piores índices ficaram com redução de desigualdades (25,7 pontos), indústria, inovação e infraestrutura (45,3) e paz, justiça e instituições fortes (47,3). Números um pouco melhores foram encontrados com Água Limpa e Saneamento (98,3 pontos).

Os 10 primeiros lugares ficaram com 1º – Suécia – 85,0 pontos; 2º – Dinamarca – 84,6 pontos; 3º – Finlândia – 83,0 pontos; 4º – Alemanha – 82,3 pontos; 5º – França – 81,2 pontos; 6º – Noruega – 81,2 pontos; 7º – Suíça – 80,1 pontos; 8º – Eslovênia – 80,0 pontos; 9 º – Áustria – 80,0 pontos; e 10º – Islândia – 79,7 pontos.

Levantamentos como este são de suma importância para entendermos quais são as medidas que devemos tomar para melhorar nosso posicionamento em nível global no que se refere a atitudes mais sustentáveis. Por que não se inspirar na Suécia ou Dinamarca e tentar adaptar algumas iniciativas para que nossa população seja melhor atendida em aspectos básicos, como educação, saúde, habitação, meio ambiente e mobilidade urbana?

Claro que temos peculiaridades e sabemos que não há como replicar ações de países tão menores, em termos de extensão territorial como o Brasil, mas acredito que seja cada vez mais necessário empenho e estudos de onde algumas histórias já deram certo.

Como atuo fortemente no mercado de mobilidade urbana, posso dizer que vejo importantes movimentações de empresas, startups e público final para que sejam cada vez mais incentivados os usos de bikes e patinetes elétricos pelas cidades. Mas para que isso aumente, é preciso mais estrutura e segurança para todos. Afinal, de nada adianta empresas oferecerem o modo de deslocamento, se não existem ciclovias e ciclofaixas respeitáveis, não é mesmo?!

Por isso, finalizo aqui com uma provocação: o que você poderia propor para sua cidade que pudesse contribuir para que o Brasil figure pelo menos entre os 20 países mais sustentáveis do mundo?! Deixe aqui sua contribuição para um país melhor.

*Gabriel Arcon é CEO da E-moving, startup de aluguel de bikes elétricas