Ambiente

Conheça 6 materiais ecológicos para construir uma casa

 A pegada ecológica faz com que a casa se mantenha em dia com processos inovadores, que reduzem o gasto de recursos naturais e, ainda, melhoram a qualidade de vida dos moradores.

O material de construção sustentável é cada vez mais real e próximos do nosso dia a dia. Confira a seguir as 6 práticas dessa tendência que são comuns e trazem vantagens para qualquer obra!

1. Concreto reciclado
O concreto comum é um composto de cimento, água e areia, acrescido de pedras (brita). Depois de tudo misturado, ele está pronto para ser utilizado. No processo, o concreto ganha resistência e forma, liberando calor e solidificando.

O grande problema do concreto comum é a extração de recursos naturais para cada componente, além do descarte inapropriado no ambiente. A ideia do concreto reciclado é usar os resíduos da própria obra para substituir parcialmente — ou totalmente — os materiais de fontes naturais.

O concreto pode ser reciclado fresco ou endurecido, e existem equipamentos adequados para fazer a reciclagem dos componentes. Assim, outros materiais como tijolos e telhas, que iriam para o lixo, são reutilizados e acrescentados à mistura, gerando um material de construção sustentável.

2. Materiais biodegradáveis
Os materiais de acabamento também são peças importantes nas obras e podem possuir derivados de petróleo e compostos voláteis altamente poluentes ou tóxicos. Os materiais mais comuns são tintas, colas, impermeabilizantes e solventes.

As indústrias já estão se adaptando e investindo na criação de versões ecológicas. Existem tintas feitas de materiais biodegradáveis (produzidas a partir de pigmentos naturais, minerais e proteína de leite). Vernizes e solventes a base de óleos vegetais também são opções sustentáveis e menos prejudiciais à saúde.

3. Lâmpadas de LED
Diferentes das lâmpadas incandescentes, que já foram retiradas do mercado, as lâmpadas de LED (sigla para Light Emitting Diode ou Diodo Emissor de Luz, em português) duram muito — cerca de 25 vezes mais do que as lâmpadas incandescentes e 4 vezes mais do que as fluorescentes, segundo o INMETRO. Portanto, são mais econômicas e representam a melhor opção em termos de iluminação.

A lâmpada de LED é muito eficiente e consegue transformar mais energia elétrica em luz, dissipando menos calor e com vida útil maior. Apesar de o custo ainda ser mais alto do que os outros tipos, a lâmpada é resistente, tende a possuir garantia maior, não emite radiação ultravioleta nem infravermelha e reduz consideravelmente a conta de energia.

Pensando na estética da obra, esse tipo de lâmpada possui várias tonalidades, permitindo inúmeras combinações e arranjos para ambientes diversos. Mas lembre-se de priorizar a luz natural e avaliar a localização de janelas e portas.

4. Tijolos ecológicos
O tijolo ecológico é um modelo muito utilizado no Brasil. Produzido a partir de misturas, pode ser de compostos de areia, de resíduos de construção ou de areia, água e cimento.

O que torna essa opção sustentável é o processo de fabricação. Ao contrário dos tijolos convencionais, não há utilização de forno nem queima de madeira: o tijolo é enformado em uma prensa hidráulica.

O formato do tijolo também é uma vantagem, pois cria uma trava por meio de furos e encaixes estratégicos, diminuindo o gasto de argamassa. Além disso, é um excelente isolante acústico e térmico, tende a ser mais resistente e, quando aparente, deixa qualquer ambiente charmoso e aconchegante.

5. Blocos de adobe
Assim com os tijolos, os blocos de adobe são alternativas sustentáveis. Muito comuns no interior do Brasil (Minas Gerais, Goiás e Bahia), os blocos foram usados na construção da Muralha da China e em edificações de mais de 5 mil anos. A técnica milenar consiste no molde de uma mistura de água, terra e fibras naturais (palha e esterco, por exemplo) e pode ser feito na própria obra.

6. Isolamento ecológico
O isolamento das paredes é uma parte que exige muita atenção. Alguns materiais usados nos isolamentos comuns têm componentes químicos e podem ser cortantes, como é o caso da fibra de vidro.

O mercado oferece novas alternativas com matrizes sustentáveis e menos perigosas. Algumas soluções são bem inusitadas, como o isolamento fabricado a partir de jeans reciclados, jornal, papelão, lã mineral e lã de garrafas PET.

Outras dicas sustentáveis
Além das possibilidades citadas, uma residência ou edifício com práticas mais sustentáveis pode contar com outras ferramentas e objetos que impactam menos o meio ambiente.

Pias, vasos sanitários e torneiras modernas, com auxílio da tecnologia, estão com instrumentos — reguladores e temporizadores — que permitem a redução do gasto de água, evitando desperdício e causando economia.

Uma prática que está se popularizando é o uso de painéis solares. Apesar de serem conhecidos apenas por aquecer a água, convertendo a radiação solar em energia térmica, eles podem gerar energia para o próprio sistema elétrico da construção.

Por fim, uma reflexão interessante é sobre a madeira, material muito comum tanto em construções quanto na decoração. Mas, considerando seu processo de extração e a degradação causada por ele, precisamos considerar seus impactos e buscar alternativas ou maneiras melhores de utilizá-la.

O ideal é procurar fornecedores com certificados que comprovem a origem do material e a adequação aos critérios de produção sustentável. Outra opção é investir em madeira plástica (feita de plástico reciclado) e revestimentos que simulam a madeira comum.

Os tecidos também podem ter uma pegada mais ecológica e decorativa, deixando o ambiente bonito, colorido e incrementado. Valorize tecidos de fibras naturais, como linho e algodão orgânico, e opções inovadoras, tecidos de fibras de celulose extraída de plantas, fibras de PET e redes de nylon, usadas para pesca, por exemplo.

As práticas sustentáveis estão bem mais próximas do que nós imaginamos e podem fazer parte de qualquer construção. São instrumentos que embelezam o espaço, acrescentando personalidade e conforto, além de trazer qualidade de vida para os moradores e para a sociedade. Fonte Archtrends portobello (#Envolverde)