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Dia da Água e a questão do saneamento básico

Foto: ONU-Água
Foto: ONU-Água

Por Elias Oliveira* 

Para refletir sobre a importância do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, é importante lembrar que, mesmo em pleno século XXI, o Brasil está longe de contar com saneamento básico em todos os municípios. De acordo com um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que tomou como base dados de 2013, apenas em 2054 a água encanada e o tratamento da rede de esgoto estarão disponíveis para todos os brasileiros.

Os dados se tornam ainda mais alarmantes quando falamos em números absolutos: segundo o levantamento, 41 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à rede geral de abastecimento de água e 107 milhões não dispõem de coleta de esgoto. Na região Norte, por exemplo, apenas 52,4% dos habitantes contam com água encanada, 6,5% com coleta de esgoto e menos de 15% com algum tipo de tratamento sanitário.

Os danos que esse cenário pode trazer à população são inúmeros, basta olhar para um dos grandes problemas da saúde pública no momento: a proliferação do mosquito Aedes Aegypti e o consequente aumento desenfreado dos casos de dengue, chikungunya e vírus zika. Isso ocorre porque o esgoto a céu aberto se acumula em poças, que se misturam às águas da chuva e se transformam em novos criadouros para o mosquito.

Além das muitas vítimas, o combate a essas doenças também afeta diretamente os cofres públicos, afinal investir em saneamento e prevenir os danos custa bem menos que cuidar de um paciente internado – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar gasto com o saneamento básico representa uma economia de US$ 4,3 com a saúde.

Embora seja uma realidade distante de boa parte da população, algumas soluções químicas são extremamente eficazes para minimizar os níveis de contaminação da água e capazes de contribuir diretamente com a qualidade de rios, lagos, represas e lençóis freáticos.

Para auxiliar no tratamento feito tanto por administrações públicas quanto por privadas, empresas nacionais trabalham constantemente no desenvolvimento de sistemas altamente eficazes e seguros, como o Cloro Gás e Dióxido de Cloro, o DIOX®, ideais para desinfecção de águas e esgoto. Essas soluções já são aplicadas, por exemplo, em estações de tratamento e também em indústrias de alimentos e bebidas.

Ter água limpa e saneamento básico é um direito humano, é sinônimo de qualidade de vida e saúde. Por isso, o Dia da Água deve ser visto como uma oportunidade perfeita para chamarmos a atenção da sociedade civil e iniciativa privada para um dos grandes problemas do país.

*Elias Oliveira é Gestor Institucional da Sabará Químicos e Ingredientes – empresa brasileira que atua no setor de saneamento há 59 anos.