ODS15

Diálogos Envolverde – Preservação Ambiental e Geração de Renda

por Beatriz Castro, aluna de jornalismo da FAPCOM – 

Esta matéria faz parte do PEPE (Programa Envolverde de Parcerias Estudantis).

No dia 16 de outubro, sexta-feira, o Diálogos Envolverde fez uma live extra conduzida por Reinado Canto e Dal Marcondes. A convidada da vez foi Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, organização que possui diversos projetos, entre eles o turismo nas áreas de reservas naturais. No ano de 2020, a Fundação completou 30 anos e tem como missão a proteção da biodiversidade em todo Brasil.

A biodiversidade faz parte da vida do ser humano como um todo e não deve ser deixada de lado. A inclusão da diversidade biológica na área de negócios é muito importante, pois o investimento do Estado e da filantropia não são suficientes para cuidar de todo o bioma brasileiro. De acordo com Malu, se dobrar o valor investido pelo governo, recursos públicos e o setor filantrópico ainda não é suficiente. Portanto é extremamente necessário que o setor produtivo também invista e que a ação ambiental se adapte com essa visão de negócios e projetos mais assertivos para conseguir investidores.

O investimento na área é uma tendência não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. O “ESG”, termo usado para se referir a práticas empresariais e de investimento que se preocupam com critérios de sustentabilidade, e não apenas com o lucro, tem ganhado grande visibilidade e acredita-se que é um movimento que veio para ficar.

Nos locais em que a Fundação Grupo Boticário tem trabalhado, a ideia é cocriar soluções ambientais e econômicas, como, segurança hídrica, turismo rural e práticas sustentáveis de agricultura, ações de restauração e conservação, mas com um olhar de negócios. Junto ao ministério público a fundação fez um manual de compensação ambiental para que os estados consigam destinar os recursos financeiros aos locais de prioridade de conservação e restauração ambiental.

Recentemente um estudo da ONU destacou que se o mundo conseguir restaurar 30% dos ecossistemas degradados do planeta poderá impedir o desaparecimento de 71% das espécies que seriam extintas nas próximas décadas e sem diminuir a área de plantio. O que falta são os governos priorizarem isso como estratégia de país e entender que a longo prazo haveria uma geração de riqueza decorrente disso.

Em breve acontecerá a eleições municipais no Brasil e Malu diz que a Fundação, assim como outras organizações, preparou um material para os candidatos a prefeito sugerindo questões ambientais importantes para os municípios.

A sustentabilidade, a preocupação com o meio ambiente, tem que estar presente no dia a dia das pessoas, não deve ser algo a parte, tem que estar pautado no mercado, na mídia e no cotidiano. Cada vez mais empresas se posicionam a favor desta política do meio ambiente e é importante também que o cidadão se coloque e entenda a relevância do tema.

Beatriz Castro – 4° Semestre de Jornalismo – FAPCOM

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