
Em 2021, liberte-se das dores emocionais e crenças limitantes que inibem o potencial de vida
por Ricardo Voltolini – CEO da consultoria Ideia Sustentável e da Plataforma Liderança com Valores –
Não acredito que crises melhorem ou piorem as pessoas. O máximo que elas fazem é acelerar processos de reflexão que estão na origem de pequenas e grandes mudanças de valores, crenças e atitudes. Trazem consigo oportunidades de desaprender e reaprender, tanto do ponto de vista racional quanto emocional, com vistas ao ingresso em novos ciclos.
O que fez da crise proporcionada pelo coronavírus—penso– uma espécie de laboratório profundo de reset existencial foi que ela expôs, sem pena, a nossa humana vulnerabilidade frente a um mesmo inimigo invisível, insidioso e letal. Frágeis e isolados, sem ter para onde correr, acabamos reclusos em nossas próprias casas –que se transmutaram em escritórios–enfrentando aqueles processos de reinvenção adiados, na maioria das vezes, não porque nos falte tempo no dia a dia, mas porque talvez nos falte a musculatura emocional necessária para lidar com sentimentos dolorosos que costumam aflorar.
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(#Envolverde)
Inevitáveis reflexões nos trouxe a pandemia mas nem todos se dispuseram a refletir. Alguns continuaram saindo, sem máscara, obstinados e teimosos, para tentar encontrar nos amigos Igualmente sem noção, respostas que também não tinham. Recusaram-se a mudar, a crescer e a ser melhores pessoas do que antes. Nem mesmo o medo de adoecer e morrer foi capaz de impedir que fugissem de si mesmos buscando companhias tão sos e infelizes quanto eles para beberem juntos a bebida que não tinha o mesmo sabor de antes.
No entanto, os que refetiram sobre a vida e a morte, prisioneiros na própria casa e se comoveram com o luto dos vizinhos, se compadeceram e sentiram a dor do outro como se sua fosse, esses não são mais as mesmas pessoas. São muito melhores do que eram, mais justas e mais sábias, após terem descoberto que “a saída é para dentro”.