Opinião

Empatia na agenda dos ODS

por Serginho Rocha – 

É uma agenda diversificada que contempla desde chefe de estado a chefe de família e compete a todas as nações.

Mediante a importância e a relevância dessa maravilhosa agenda global, é oportuno relembrarmos que em setembro de 2015 foi criada pelas Nações Unidas a Agenda 2030 onde 193 líderes mundiais assumiram o compromisso de unir as nações e a humanidade, com um contexto de melhoria contínua da qualidade de vida e do planeta com medidas ousadas e transformadoras.

Essa agenda abrange temas fundamentais ao desenvolvimento humano em cinco perspectivas (pessoas, planeta, prosperidade, parceria e paz). E internamente nesta agenda há os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas a serem atingidas até 2030.

Há quatro tópicos básicos que formam Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):

Divisão e Princípios, Quadro de Resultados, Meios e Implementação, Acompanhamento e Revisão.

Lembrando que a Agenda 2030 e os ODS demonstram o desenvolvimento sustentável não simplesmente como uma agenda ambiental, porém uma agenda que evidencia os três pilares fundamentais da sustentabilidade, o econômico, o social e o ambiental.

Agora, o que fazer para que esses três pilares atue de forma sistemática e permanente conforme orienta a Agenda 2030?

Não tratando os individualmente e com divisão entre si, porém que venham a se completar uns aos outros.

Mas será se é isso que realmente está ocorrendo?

Para que ocorra, precisamos de uma perseverante empatia nos seres humanos como, por exemplo, é a semente da Flor de Lótus, que é uma flor sagrada na Índia, Egito e Japão.

¹E foi por volta de 1920 o botânico japonês Drº Ichiro Olga encontrou as margens do leito seco de um lago na Manchúria, na Ásia, a semente da Flor de Lótus, sendo enviada e cientificamente analisada em 1950 em Washington (EUA) pelo botânico Drº Horace V.Wester, onde ficou comprovada que além da capacidade de viver por muito mais que cinquenta mil anos, ela nunca perde a capacidade de reprodução mesmo sobrevivendo há tanto tempo assim.

Portanto, da mesma forma, a empatia no desenvolvimento humano seria maravilhosa se perpetuasse por gerações e gerações, germinando sempre essa semente em todos os seres humanos sobre a terra.

Segundo a definição no dicionário ²Michaelis, a empatia é a “habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa ou qualquer ato de envolvimento emocional em relação a uma pessoa, a um grupo e a uma cultura.”

Sendo assim, é oportuno fazermos a seguinte reflexão:

Que haja empatia na concepção e solução permanente de políticas públicas considerando as diferenças em todos os temas e em todas as regiões, agregando a sociedade nessas demandas e informando qual a sua efetiva participação na concretização da agenda, para que possa haver uma integridade concreta em todas as ações no âmbito dos ODS;

Empatia numa agenda múltipla que contempla o combate a pobreza, a agricultura, a saúde, a energia, etc;

Empatia nas questões que envolvem o cotidiano da humanidade;

Empatia para mitigar o risco de que essa agenda vire uma agenda de governo;

Empatia para a conscientização de que essa agenda é uma agenda de estado;

Empatia para que ela se torne uma agenda permanente, independente dos mandatos dos governos;

Enfim, empatia para que a humanidade tenha conhecimento dessa agenda e se integre a ela no seu cotidiano de forma participativa e permanente em todos os âmbitos dos 17 temas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

E com empatia, há muito mais a ser considerado e mitigado com ações concretas e permanentes.

E toda a reflexão é necessária pois contemplamos no cenário global, bilhões de pessoas vivendo em extrema pobreza, com curva ascendente de desigualdades e vulnerabilidades somado às questões de ameaças globais de saúde pública, desastres naturais, degradações ambientais, extremismos, conflitos, crises humanitárias etc…

Esse cenário crítico clama por ações mitigatórias urgentes em todos os impactos negativos visando não apenas as presentes gerações, mas também as futuras gerações em conformidade com a Agenda 2030 e os ODS.

A responsabilidade individual, institucional, nacional e internacional conforme orienta a agenda não pode ser esquecida, pois temos a oportunidade de obter sucesso em todas as ações ou sermos a última geração a ter a oportunidade de salvar o planeta.

Portanto, deixemos o mais rápido possível, todos os radicalismos, extremismos, ignorâncias, intolerâncias, guerras etc…

Transmutemos as nossas atitudes em atitudes que vibrem mais amor, empatia, sensibilidade, compreensão, respeito, prudência, luz, entendimento, discernimento, conhecimento, estudo, leitura, pesquisa, responsabilidade, maturidade, equilíbrio etc…

São transmutações necessárias para que realmente tenhamos um mundo melhor, mais justo e mais inclusivo conforme o objetivo da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Serginho Rocha – Consultor de Desenvolvimento de Mercado Sustentável, Relacionamento com Empresas, Órgãos Ambientais, Instituições Públicas e Organizações Não-Governamentais (ONGs)