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Glaucia Roveri e Paulo Santos falam sobre a evolução do carro elétrico

Por estudantes de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo* –

Esta matéria faz parte do PEPE (Programa Envolverde de Parcerias Estudantis) –

Eles comentam o que esperar desse futuro e quando esses automóveis podem ser maioria no Brasil

O Diálogos Envolverde recebeu, na última quinta-feira (27), a gerente de Energia, Meio Ambiente e Sustentabilidade da General Motors e engenheira química, Glaucia Roveri dos Santos, e o gerente de produto da GM, Paulo Leandro Santos. Eles comentam sobre a evolução do carro elétrico e explicam um pouco mais de como essa tecnologia pode mudar o futuro. A live “A evolução do carro elétrico” foi mediada pelos jornalistas Reinaldo Canto e Alice Marcondes.

Com os novos compromissos planetários para o combate às mudanças climáticas, os veículos que utilizam combustíveis fósseis tendem a desaparecer dando lugar aos carros elétricos, híbridos e menos poluentes que não emitem gases de efeito estufa para melhoria da qualidade do ar. A Europa, nessa questão, está avançada e no Reino Unido a venda de carros a gasolina e diesel será proibida a partir de 2030. O Brasil ainda é um mercado iniciante em automóveis elétricos, mas nos quatro primeiros meses deste ano houve um aumento de 30% em emplacamento de carro comparado ao ano passado.

A realidade dos carros elétricos

Um dos pilares para que o carro elétrico tenha um crescimento na indústria automotiva é torná-lo conhecido pelas pessoas. “Existem muitos mitos hoje em dia sobre o produto, de que é frágil e não entrega a mesma performance de um carro a combustão e, na verdade, é totalmente o inverso”, explica Paulo. “Tem inúmeras vantagens, como a praticidade de não precisar ir até um posto de gasolina porque você pode recarregar a energia a noite na residência, não tem ruído no motor, o custo de manutenção é menor, então são vários pontos para o carro elétrico ser o futuro da indústria”.

No Brasil, já são quase 1.500 carros elétricos no acumulado de vendas desde o ano passado até maio desde ano. “Tem a questão dos híbridos que têm o motor elétrico, mas tem outro motor principal a combustão, então ele não se torna uma opção de zero emissão. E, apesar de ser um número relativamente ainda pequeno quando comparamos à indústria como um todo, há um crescimento muito forte”, comenta Paulo.

Por que o investimento em carros elétricos ainda não é tão alto no país? “A montadora vem fazendo um esforço ao longo dos anos, tanto que desenvolveu o veículo e as soluções de bateria movimentando a indústria para fazer sistemas de recarga, mas a infraestrutura ainda precisa de mudanças”, fala Glaucia. No começo da produção desse tipo de veículo, existiam apenas 20 pontos de recarga, sendo que atualmente já são mais de 200 no país todo.

“Apesar do posto sempre fazer parte dos modelos atuais e futuros, a infraestrutura de recarga também pode estar alinhada ao estacionamento dos escritórios ou públicos, na nossa própria casa e em condomínios”. E ainda é preciso de incentivo governamental para que a realidade dos carros elétricos possa acontecer com menos custo para as empresas.

Hoje não há cobrança nos postos para recarga das baterias, mas com o tempo a possibilidade é que seja cobrado um valor de acordo com a conta de energia do local.

OUÇA – Podcast Momento Envolverde

O futuro das baterias

Além do baixo custo na manutenção de um veículo elétrico, Glaucia ainda comenta sobre a reciclagem das baterias que ajudam ainda mais o meio ambiente. “O que temos hoje nos carros a combustível é uma bateria chumbo ácido de baixa potência e migramos para uma bateria sólida de íon lítio com tamanho maior, em termos ambientais as duas possuem riscos ao não serem gerenciadas de forma correta”, explica Glaucia.

“Mas a vantagem da bateria de íon lítio é que dura no mínimo 10 anos com consumo de menos recursos e, depois do uso, ainda é uma bateria apta para ser utilizada em sistemas de armazenamento de energia com tratamento e segurança a fim de evitar dano ambiental”. Com o fim da vida útil das baterias, elas podem ser devolvidas às montadoras e essas se responsabilizam pela reciclagem do produto com o programa de logística reversa.

ASSISTA: Reportagem carro elétrico

Diálogos Envolverde

A conversa completa com Glaucia Roveri dos Santos e Paulo Leandro Santos está disponível no Facebook e YouTube da Envolverde. O programa Diálogos Envolverde vai ao ar toda quinta-feira, às 11h, nesses canais.

*Conteúdo multimidiático produzido por estudantes de Jornalismo Presencial da Universidade Metodista de São Paulo, sob a supervisão das professoras Alexandra Gonsalez, Eloiza de Oliveira Frederico, Filomena Salemme e Wesley Elago.

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