Sociedade

Governo do Brasil adere ao movimento global contra violência de menores

A Coalizão Brasileira pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes obteve uma importante conquista em junho com a adesão do governo federal à ‘Parceria Global pelo Fim da Violência contra Crianças e Adolescentes’, liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Mais de 30 entidades que formam a coalizão no Brasil havia entregue no dia 31 de janeiro um pedido formal cobrando do Ministério dos Direitos Humanos e Ministério do Desenvolvimento Social o comprometimento do Estado brasileiro no enfrentamento e fim da violência contra crianças e adolescentes no Brasil, contribuindo assim com o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Com o ingresso do Brasil na Parceria Global, oficializado agora em junho, o governo federal assume o compromisso em desenvolver um Roteiro Nacional (Roadmap) de ações integradas para balizar as avaliações do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e de Adolescentes (2011-2020). Além disso, segundo o acordo, o governo compromete-se a desenvolver um sistema de indicadores sobre crianças e adolescentes, com foco na identificação das violações de seus direitos.

Para os integrantes da coalizão, a adesão significa que o Brasil assumiu o compromisso público internacional de elaborar políticas sistemáticas pelo fim da violência contra crianças e adolescentes (cumprimento dos ODS, especialmente a meta 16.2), e agora suas ações de implementação serão acompanhadas de perto pelos atores internacionais. No entanto, é preciso cautela e observar o desenvolvimento das ações, para não deixar esse compromisso cair no esquecimento, especialmente em um ano eleitoral.

A Fundação Bunge também faz parte do grupo de entidades que integram a Coalizão Brasileira. “A adesão do governo federal é um passo importante para avançarmos como sociedade. Infelizmente, para uma parcela da população, a exploração e a violência contra crianças e adolescentes não é percebida como uma violação de direitos. O governo, a família, a sociedade e o setor produtivo precisam ter clareza dessa violação de direitos e assumirem a sua parcela de contribuição rumo a transformação desta triste realidade”, afirma Cláudia Calais, diretora executiva da Fundação Bunge.

Para combater a violência contra crianças e adolescentes, a Fundação Bunge desenvolve ações com foco na proteção integral nas áreas de educação, saúde e proteção social e em três frentes: sensibilização, com ações de conscientização da cadeia produtiva; apoio a políticas públicas, a partir do fortalecimento da rede de proteção; e prevenção, criando oportunidades sociais, econômicas e culturais para crianças e adolescentes nos municípios onde atua. Fonte AgBr (#Envolverde)