Sociedade

No meio do caminho cai um viaduto

Por Dal Marcondes, da Envolverde –

Paulistanos perdem milhares de horas de trabalho, lazer descanso por conta de um único viaduto interditado

Na manhã desta quarta-feira  a prefeitura se empenhou reduzir os impactos da perda de uma de suas principais avenidas sobre a mobilidade dos paulistanos, os mesmos que irão passar muitas horas a mais no já congestionado trânsito da cidade. Rotas alternativas, controle das centenas de quilômetros de tráfego lentos e uma série de outras medidas para que o cidadão não precise abandonar seu carro. Enquanto isso ao lado da avenida interditada, a pista expressa da marginal do Rio Pinheiros, corre uma linha de trem.

A prefeitura  precisa procurar uma parceria com os paulistanos, ainda não abriu bolsões de estacionamento próximos às estações de trem, não alterou rotas de ônibus para evitar carros nas ruas, não pediu a cumplicidade da cidadania para juntos enfrentarem a adversidade da interdição de uma via estrutural.

Uma cidade somente pode enfrentar suas crises, seus desafios cotidianos, suas angustias se houver cumplicidade entre seus cidadãos e seus governantes. O fato de São Paulo ter priorizado os carros até agora não significa que não haja outras alternativas.

Ao lado da Marginal interditadas, além da Linha 9 – Esmeralda, corre na paralela uma ciclovia, normalmente subutilizada. No entanto as atenções estão voltadas para garantir a circulação dos carros, talvez seja uma boa ideia a prefeitura reforçar a capacidade do transporte público no enfrentamento dessa crise. (Envolverde)