Sociedade

O que será do mundo depois do COVID-19?

Por Renata G. Ferreira –

O que será do mundo depois do COVID-19? Muitos futuristas, biólogos, sociólogos e outros estudiosos, dizem que o mundo definitivamente não será o mesmo. A perspectiva é que a nossa forma de consumir e nos relacionar tenha que mudar.

Os impactos na relação

Se os relacionamentos da sociedade atual são líquidos, quer dizer que, passamos rapidamente por aquilo que nos agrada, e saímos com a mesma velocidade no primeiro sinal de desconforto. O COVID-19 chega obrigando-nos a parar, enfrentar situações, e conhecer novas formas de interagirmos com o entorno.

O isolamento social reforça também a necessidade da saúde mental, da boa convivência com nós mesmos, e da importância em resolver conflitos de uma maneira saudável, com pessoas que irão passar muito tempo confinadas em um mesmo lugar.

Durante a pandemia vemos várias iniciativas, elas surgem fortalecendo o nosso instinto de grupo. Jovens ajudando idosos em suas compras, grupos disponibilizando alimentos e produtos de limpezas para pessoas em situação de rua, diversas empresas e pessoas gerando conteúdo online gratuito, através de plataformas próprias ou de redes sociais.

Os impactos econômicos do COVID-19
Por outro lado, os impactos financeiros negativos, que devem crescer ainda mais nos próximos meses, obrigarão as pessoas a reavaliarem sua maneira de consumir, seja devido ao recesso econômico, seja por perceberem que os impactos no meio ambiente estão afetando cada vez mais o nosso dia a dia.

A projeção de que mais pandemias surgirão nos próximos tempos, devido crise climática que enfrentamos, fará com que novas alternativas de negócios surjam para se ajustar ao novo formato de vida.

Os impactos na natureza com o Corona Vírus

A busca pelo contato com a natureza também aumenta neste momento de reclusão. Para enfrentar o isolamento, as pessoas procuram lugares fora do concreto da cidade, fazendo com que muitas cidades, turísticas ou de veraneio, precisassem adotar fortes medidas de proteção.

O mesmo tem acontecido com outros espaços, como as ecovilas, que proporcionam um ambiente muitas vezes autossuficiente, e agora precisam fechar temporariamente suas portas devido a grande procura para a quarentena, ou até mesmo moradia.

“Antes, muitas pessoas já nos buscavam para terem experiências que as reaproximassem do ambiente natural, mas sem dúvida, nas últimas quatro semanas, o número de pessoas que nos procuram interessadas em resguardar-se e reconectar-se, aumentou muito. Também nos procuram apenas para dizerem o quão sortudos somos pela oportunidade de estarmos em um lugar desse, em um momento de isolamento. Porém, muito mais do que sorte, também se trata de escolhas. E é isso que esse momento de reclusão está mostrando, como essas escolhas influenciam o nosso presente e o nosso futuro.” – Victor Reider Loureiro, Vila das Borboletas.

A expectativa após a pandemia do COVID-19, é que o momento sirva para a população refletir sobre os impactos do estilo de vida moderno. Assim, que possamos sair fortalecidos como indivíduos e sociedade, pressionando grandes empresas, governos e instituições, a terem mais responsabilidade com os acordos climáticos, e também com o bem-estar da população.

 

Renata G. Fereira – É graduada em psicologia e pós-graduada em Negócios da Moda, direcionou suas formações para a sustentabilidade, escrevendo artigos em blog e desenvolvendo projetos para moda sustentável.

Após conhecer algumas iniciativas no Brasil e na ânsia de descobrir novas, em 2018 iniciou o blog Por Um Recomeço, onde através de viagens e experiências registra projetos sustentáveis e aborda sobre mudanças de comportamentos necessárias para uma vida mais integrada.

Hoje ela vive em Paraty, onde toca um novo projeto de ecoturismo.

#Envolverde