O número estimado de pessoas que se conectaram à internet aumentou para 4,9 bilhões em 2021, em parte devido às medidas de restrição, trabalho e estudo durante a pandemia.
A descoberta faz parte do novo relatório da agência da Organização das Nações unida (ONU) União Internacional de Telecomunicações (UIT).
Exclusão digital
Entretanto, 2,9 bilhões de pessoas ficaram para trás, sem nunca terem usado a internet.Destas, 96% vivem em países em desenvolvimento.
Na África, apenas um terço da população possui acesso à internet. Em contrapartida, na Europa, 90% da população está conectada.
A desigualdade no acesso à internet possui múltiplas faces. Jovens, homens e moradores urbanos são mais propensos a usarem a internet do que adultos mais velhos, mulheres e pessoas em áreas rurais.
Pobreza, analfabetismo, acesso limitado à eletricidade e falta de habilidades digitais continuam a ser fatores que impulsionam a exclusão digital.
Aumento de conectividade
Estima-se que 782 milhões de pessoas a mais acessaram a internet desde 2019, um aumento de 17% devido a medidas como confinamentos, fechamento de escolas e necessidade de acesso a serviços como banco remoto.
Crescimento desigual
De acordo com o documento, os usuários de serviços de internet cresceram globalmente mais de 10% no primeiro ano da crise da COVID-19, o maior aumento anual em uma década.Mas o crescimento tem sido desigual.
A internet costuma ser inacessível nos países mais pobres e quase três quartos das pessoas nunca estiveram online nos 46 países menos desenvolvidos.
“Embora quase dois terços da população mundial esteja online, há muito mais a fazer para que todos se conectem à internet.”