Dez artistas da StreetArt (em Português, Arte Urbana) estarão na Ilha do Combu, em Belém -PA, neste mês de fevereiro de 2022. Eles vão pintar fachadas de quinze casas ribeirinhas, ampliando ainda mais a Galeria Fluvial que começou a ser construída em 2015.
A iniciativa é parte do Street River Amazônia. O projeto começa com a vivência entre artistas e comunitários para definir a pintura e culmina com cinco oficinas para atender cerca de 200 crianças, jovens, alunos ribeirinhos e professores da rede pública de ensino.
Além do trabalho artístico, as casas que terão suas fachadas coloridas, recebem sistema de água potável e uma escola da comunidade será equipada com energia fotovoltaica.
As primeiras quatro edições do Street River Amazônia foram feitas de forma independente e colaborativa pelo idealizador do projeto, o artista Sebá Tapajós, que, em 2015, pintou as primeiras cinco casas na ilha.
Ao transformar palafitas em obras de arte a céu aberto, o projeto chama a atenção para a vida do povo ribeirinho e traz visibilidade para a urgência de preservação da Amazônia, dos seus rios e da sua cultura.
A quinta edição do projeto, em 2022, é uma realização da Sonique Produções, de Gibson Massoud.
Gibson Massoud
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Os dez artistas convidados para a edição de 2022 possuem, além de uma forte relação com o grafite, conexão com a natureza.
Carioca, se define como sampleadora visual. Se apropria dosmaterial que vivencia, paraestudá-lo para a criação de algo “novo”, mas que ainda assim reverencie o originário. Trabalha com ilustração, colagem e animação e gosta de misturar diferentes técnicas.
Indígena do Povo Mura, Artista, Manauara do Amazonas. Designer gráfica, ilustradora, grafiteira, performer, maquiadora e fotógrafa, travesti, não binário. Utiliza suas obras como ferramenta de fala e política, do corpo marginalizado preto, indígena e transvestigênere.
É grafiteiro, tatuador, fundador e integrante da crew RPC (Resistência Periférica Crew), em Belém-PA. Começou a grafitar em 2007, se aperfeiçoou através de cursos de iniciação ao desenho, desenho de figura humana, pintura em aquarela, pintura em mural e serigrafia.
Santareno, começou a desenhar na infância, tendo como foco a natureza, fauna , flora e os povos da região. Os traços, cores, significado e formas do graffiti foram se aperfeiçoando ao longo do tempo. Suas obras tem grande inspiração nas belezas amazônicas.
Abridor de letras decorativas da Amazônia, vive do ofício há 26 anos. É um apaixonado por pinturas nos portos de Belém e municípios próximos.
Artista paraense especializada em pinturas murais e telas. Com amor, pincéis e tintas faz uma releitura do cotidiano. O autismo do seu filho proporcionou um novo olhar sobre a vida e assim a maternidade é um dos temas que mais aborda nas suas obras.
Acreana, é designer, mas decidiu sair das paredes do escritório para dar vida aos muros da cidade. A artista de 29 anos não se limita ao convencional na hora de rabiscar os traços no papel, e usa o branco das paredes para encher de colorido e dar a sua cara ao projeto.
Multi-artista, trabalha com pintura, ilustrações, grafites, performances e tatuagens. Também é modelo e militante trans-intersexo brasileira, teve sua formação em Design pela UFRGS e pela Politécnica de Turim, POLITO – Itália.
Carioca, 39, teve seu primeiro contato com o graffiti ainda como hobby em 2000. Após anos atuando de forma amadora, fundou em 2015 a marca Tsss! onomatopeia do spray, escritório de projetos artísticos e de designer de interiores.
Iniciou a pixação no final dos anos 90. Hoje suas pinturas fazem referência a uma estética regional. Filho de caminhoneiro, Nevs remonta fragmentos de suas memórias e estudos, com pinceladas coloridas e traços simétricos que às vezes acompanham uma caligrafia vernacular.
A Ilha do Combu, localizada a vinte minutos de barco do centro de Belém-PA, é um ponto turístico da cidade e recebe visitantes do mundo inteiro que buscam contato com as belezas naturais da Amazônia e com a gastronomia regional.
Os moradores têm como principal fonte de renda o extrativismo vegetal (açaí e cacau) e a pesca.
Sebá Tapajós idealizador do projeto
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Entre 2015 e 2019 foram pintadas 37 casas e instalados 18 filtros de água, 12 cisternas de 240 litros e sistema fotovoltaico em duas escolas. Nesta edição, serão 15 casas pintadas, 12 filtros de água e sistema fotovoltaico em uma escola.