Por ClimaInfo
Desde que Ricardo Salles esteve à frente da pasta, o Ministério do Meio Ambiente e muitos congressistas interessados em passar a boiada" alegam que o desmatamento é necessário para o desenvolvimento e a qualidade de vida na Amazônia.
Mas uma nova evidência científica prova que é exatamente o contrário: o desmatamento só tem gerado pobreza, conflitos sociais e inibido o desenvolvimento econômico da região.
Trata-se do Índice de Progresso Social (IPS) da Amazônia 2021, formado pela avaliação de 45 indicadores de saúde, saneamento, moradia, segurança, educação, comunicação, equidade de gênero e qualidade do meio ambiente.
Liderado pelo Imazon, o estudo revela que os 20 municípios com as maiores áreas de desmatamento nos últimos três anos tiveram IPS médio de 52,38 (em uma escala de 0 a 100).
O número é 16% inferior à média dos 722 municípios da Amazônia Legal, que é de 54,59, e 21% menor que o índice do Brasil, de 63,29.
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Beto Veríssimo - Imazon
De forma geral, o estudo mostra que a situação da Amazônia está pior do que há três anos. A média da região a colocaria na 128ª colocação entre as 168 nações analisadas pelo índice, se a Amazônia fosse um país.
Os 20 municípios que mais desmataram na região nos últimos três anos estariam em situação ainda pior, se fossem um país. A nota mais próxima seria da Nigéria, 52,65, que ocupa a 138ª posição entre 168 nações, a 30ª pior colocação.
O IPS 2021 está disponível na plataforma Data Zoom Amazônia, lançada em dezembro de 2022 e desenvolvida pelo Departamento de Economia da PUC-Rio, dentro da iniciativa Amazônia 2030.