Mais da metade dos países não têm estratégias para recuperar aprendizagem, segundo um relatório conjunto divulgado pela UNESCO, o UNICEF e o Banco Mundial.
O relatório ‘Onde estamos na recuperação da educação?’ destaca que menos da metade dos países está implementando estratégias em escala para que os alunos possam recuperar a aprendizagem perdida durante a pandemia.
Os dados revelam que apenas metade dos países de baixa renda tem um plano em vigor para avaliar onde os que retornaram estão em seu aprendizado. Um quarto destes países não têm sequer dados para mostrar quantos estudantes retornaram à escola.
Stefania Giannini, diretora-geral adjunta de Educação da Unesco, Robert Jenkins, diretor global de Educação do UNICEF, e Jaime Saavedra, diretor global de Educação do Banco Mundial.
No total combinado, 2 trilhões de horas de aulas presenciais foram perdidas devido ao fechamento de escolas desde março de 2020.
Isso significou que estudantes em mais de quatro em cada cinco países ficaram para trás em seu aprendizado e as crianças mais vulneráveis – aqueles que vivem na pobreza e em áreas rurais, crianças com deficiência e os estudantes mais jovens – viram a sua aprendizagem regredir.
Segundo os representantes das agências da ONU, mesmo com repetidos avisos, ainda não está sendo feito o suficiente para recuperar as perdas.
Representantes das agências da ONU em documento oficial.
Os países alocaram em média 3% de seus pacotes de estímulo econômico de resposta à covid-19 para a educação. Nos países de renda baixa e média-baixa, a alocação foi inferior a 1%.
As agências recomendam aos governos redobrar os esforços para levar todas as crianças à escola, lembrando que a educação é um direito humano fundamental.
Representantes das agências da ONU em documento oficial.