Um estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que em cinco capitais brasileiras os registros de ameaça e agressões contra mulheres aumentam 23,7% quando o time da cidade joga.
A pesquisa “Violência Contra Mulheres e o Futebol” apontou que mulheres entre 30 a 49 são maioria entre as que sofreram ameaças (49,7%) em dias de jogos, enquanto nos casos de agressões as ocorrências foram mais frequentes entre as de 18 a 29 anos (36,3%).
Em relação ao perfil étnico-racial, mulheres brancas correspondem a mais da metade das que realizaram boletim de ocorrência na capital paulista após sofrerem ameaça (66,6%) ou agressão física (64,2%).
Já os registros de mulheres negras equivalem a 31,9% das que relataram terem sido ameaçadas e 33,8% das que sofreram violência física.
No Brasil, entre os registros por lesão corporal dolosa, o aumento em dias de jogos dos times das regiões observadas é de 20,8%. Já nos dias em que o clube é o mandante da partida e joga na própria cidade e estádio, o levantamento identificou o aumento de 25,9% de registros policiais.
O estudo “Violência Contra Mulheres e o Futebol” também revela que em sua maioria, os responsáveis pelas violências são os companheiros e ex-companheiros.
coordenadora de pesquisa e impacto do Instituto Avon
coordenadora de pesquisa e impacto do Instituto Avon