Mundo tem mais de 9 mil espécies de árvores desconhecidas

Por Nádia Pontes, para o DW Brasil

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Existem mais de 73 mil espécies de árvores no planeta e cerca de 9 mil são desconhecidas.

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O dado é de um estudo conduzido por 148 cientistas de diferentes continentes, publicado em janeiro de 2022 na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

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O estudo concluiu que a maior parte das árvores a serem descobertas está na América do Sul, especialmente na Amazônia e no sopé das Cordilheiras dos Andes.

Só nessa parte do mundo, podem existir cerca de 3.900 espécies a serem descobertas, de um total de 31.100 estimadas nestas áreas.

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Esse novo número é consideravelmente maior do que o relatado até então: exatamente 14,2% superior ao que a ciência localizou e descreveu até agora.

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Para chegar a essa nova estimativa, os pesquisadores se apoiaram em dois grandes bancos de dados, o Global Forest Biodiversity Initiative e o TreeChange.

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É um resultado que surpreendeu a equipe, já que, quando começamos esse trabalho, não sabíamos exatamente o total que encontraríamos.”

Peter Reich, da Universidade de Michigan, primeiro autor do estudo.

Parte considerável dessa riqueza planetária a ser detalhada são árvores raras, particulares de uma determinada região (endêmicas), tropicais ou subtropicais. Essas características as tornam mais vulneráveis ao risco de extinção.

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O estudo mostra que a conservação florestal deveria ter prioridade na América do Sul, especialmente quando se considera o ritmo de destruição das florestas por desmatamento, incêndios e mudanças climáticas.

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Em todos os países da Amazônia, mais de 860 mil hectares de floresta nativa foram perdidos em 2021, conforme apontou o relatório publicado em outubro último pelo Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina. A maior parte foi em território brasileiro (79%), seguido por Peru (7%) e Colômbia (6%).

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No Brasil, especificamente, o sistema de monitoramento via satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou o desmatamento de 13,2 mil quilômetros quadrados entre agosto de 2020 e julho de 2021. A taxa é 22% superior à apurada no período anterior.

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Conhecer a variedade das árvores é fundamental para o futuro da humanidade, podendo ajudar no entendimento dos mecanismos evolucionários que geraram a diversidade, tornando possível prever como esses mesmos mecanismos podem funcionar no futuro.

Os dados podem ainda, segundo os autores, auxiliar na avaliação de quais sistemas podem ser mais resilientes às mudanças globais.

Como muitas dessas espécies ainda não identificadas são raras e, portanto, mais vulneráveis, compreender mais a fundo os números seria crucial para traçar estratégias de preservação de toda essa biodiversidade

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