Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 15/9/2014 – O discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, “não foi uma surpresa”, pois se concentrou em uma aliança entre países árabes e de outras regiões para atacar o Estado Islâmico (EI), mediante incursões aéreas e forças de terra com apoio da inteligência e das forças árabes, afirmou o jornal em inglês The Gulf News, dos Emirados Árabes Unidos.
Viu-se a “clássica retórica de Obama” quando disse que “é a liderança norte-americana em sua melhor expressão: apoiamos as pessoas que lutam por sua própria liberdade e nos unimos a outras nações por nossa própria segurança e da humanidade em comum”, pontuou o jornal.
“O problema é que já ouvimos isso antes, na primeira vez que os norte-americanos foram ao Iraque e criaram a guerra civil que construiu as divisões que temos hoje. O que Obama precisa fazer é esclarecer porque essa ofensiva será diferente e como construirá uma estrutura política que ajude a criar uma paz duradoura”, acrescentou o jornal em seu editorial.
“É muito importante que os norte-americanos encabecem o combate, contra a ameaça dos terroristas do EI e também que trabalhem com os iraquianos e outros governos da região”, destacou. Mas também é importante que Obama seja claro em que não trabalhará com o governo sírio e buscará a autorização do Congresso para colaborar com a oposição, como contrapeso aos extremistas do EI, apontou o jornal. Envolverde/IPS