Arquivo

Liga Árabe e os palestinos em Israel

Cairo, Egito, 15/10/2015 – O Conselho da Liga Árabe apoiou a convocação dos Emirados Árabes Unidos para uma reunião de chanceleres do bloco para tratar do assunto das agressões de Israel contra a população palestina, a tentativa de judaizar Jerusalém, bem como a contínua profanação da mesquita de Al Aqsa e dos santos lugares.

O embaixador dos Emirados no Egito, também representante permanente junto à Liga Árabe, Mohammed Najira Al Dhaheri, pediu uma reunião para emitir uma resolução que detenha os crimes israelenses e proteja as pessoas e os locais sagrados de Jerusalém. “Temos que adotar uma posição firme que peça urgência à comunidade internacional no sentido de assumir suas responsabilidades”, afirmou.

A reunião foi pedida pela Palestina, e, além dos Emirados, conta com apoio de Jordânia, Egito e Arábia Saudita. Na reunião, o Conselho responsabilizou a comunidade internacional e o Conselho de Segurança da ONU por não protegerem o povo palestino do que qualificou de atos que constituem crimes contra a humanidade.

O órgão da Liga Árabe pediu à comunidade internacional que qualifique os grupos de colonos como organizações terroristas e os submeta à justiça internacional. Além disso, pediu urgente apoio político e econômico internacional para a população palestina de Jerusalém e um plano palestino de desenvolvimento estratégico da cidade.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-Araby, destacou que a população palestina enfrenta um “terrorismo organizado” por parte das forças de ocupação israelenses. “Israel continuará executando seus planos para mudar o status da Cúpula da Rocha e a mesquita de Al Aqsa, mediante brutais ataques sem precedentes, que deixaram dezenas de mártires”, insistiu. “É um desafio flagrante às leis internacionais e à vontade da comunidade internacional”, ressaltou. Envolverde/IPS