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“Estabilidade do Iêmen é nosso objetivo

Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos 4/11/2015 – O grupo rebelde huti prejudicou em reiteradas oportunidades a autoridade legítima e a transição política baseada na Iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), segundo o jornal The Gulf Today, dos Emirados Árabes Unidos.

“Circunstâncias críticas afundaram o Iêmen, e os Emirados não cessam seus esforços para aliviar o sofrimento da população. A libertação de Aden, após a matança huti, foi de grande ajuda para aumentar o apoio humanitário aos residentes locais”, afirmou o diário.

O Iêmen se mantém como um dos maiores beneficiários da assistência emiratense. A ideia sempre foi contribuir para que o país continue sendo pacífico e viável do ponto de vista político, econômico e social.

“Não aceitaremos que o Iêmen, em nosso quintal, se torne como a milícia libanesa pró-iraniana Hezbolá”, afirmou o ministro das Relações Exteriores dos Emirados, Anwar bin Mohammed Gargash, segundo o jornal, com sede em Sharjah. “Por isso interviemos para proteger a estabilidade de longo prazo na região”, acrescentou o chanceler.

Segundo o jornal, “a generosidade dos Emirados fica clara quando a assistência humanitária totaliza US$ 202 milhões e o país se tornou o maior doador para o Iêmen este ano, ao representar quase metade da ajuda comprometida por outros países do mundo”.

“Apesar da formação de um novo governo em novembro de 2014, cuja finalidade era terminar com a turbulência política e concretizar a transição democrática, o Iêmen continua afundado na violência, devido às deploráveis ações da milícia huti”, acusou o jornal. O editorial acrescenta que “ninguém tem dúvidas de que logo se poderá alcançar uma solução pacífica, e os Emirados já deixaram claro que não se opõem ao diálogo. Mas primeiro o Irã deve mudar sua atitude”.

De acordo com o jornal, “os desejos do povo iemenita e a legitimidade do governo são de fundamental importância para a resolução dos conflito. Enquanto o Iêmen aspira a uma nova etapa de segurança, paz e reconstrução, o povo certamente valorizará o apoio dos Emirados”.

“Há apenas uma forma de acabar com o conflito: uma solução política baseada na Iniciativa do CCG e na Resolução 2216 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas, para que o diálogo tenha sucesso, existe a necessidade óbvia de ter intenções sinceras. O grupo huti e seus seguidores têm muito a provar a respeito”, concluiu o jornal. Envolverde/IPS