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Desenvolvimento que vem do lixo

O Cempre, Compromisso Empresarial para Reciclagem, organizou juntamente com o Ministério do Meio Ambiente e a Presidência da República, o seminário ‘Gestão Integrada de Resíduos Sólidos com Inclusão Social e Econômica de Catadores – Desenvolvimento Sustentável na Prática e Atento ao Clima’. O evento ocorreu na 21º Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP21), em Paris, França. A gestão de resíduos sólidos é um dos principais desafios urbanos, relacionado a questões de saúde, mudanças climáticas, poluição do ar, do solo e de recursos hídricos. No seminário serão discutidos os avanços do setor de resíduos sólidos no Brasil a partir da promulgação da Lei Brasileira de Resíduos Sólidos (PNRS), o potencial da gestão adequada do lixo, além da institucionalização da política de inclusão social e econômica de catadores de materiais recicláveis. Foram presentados dados que mostram que o fechamento de lixões e a implantação de aterros sanitários contribuem para a redução significativa das emissões de gás metano, 24 vezes pior do que o gás carbônico para o efeito estufa.“O setor empresarial tem trabalhado para colocar em prática o princípio da responsabilidade compartilhada previsto na PNRS, mas o Brasil tem um longo caminho pela frente”, comenta Victor Bicca, presidente do CEMPRE. “Destinando 100% do lixo urbano no Brasil aos aterros sanitários com tecnologia para captação de ao menos 50% do gás metano emitido, reciclando 80% do papel e papelão consumido e reduzindo em 50% do desperdício de alimentos, poderemos diminuir em 74% o total de emissões registrados em 2008”, finaliza. O seminário na COP21 fortalece o conjunto de iniciativas que estão ocorrendo com o objetivo de reafirmar a importância do gerenciamento integrado do lixo urbano no Brasil. Recentemente foi assinado no Ministério do Meio Ambiente o acordo entre empresas, catadores e governo que promove a reciclagem de embalagens em geral, com a meta de reduzir em 22% a quantidade de embalagens pós-consumo destinadas a aterros até 2017. (Envolverde)