Para o secretário-geral da ONU, Acordo de Paris acordado por 195 países na COP21 marca um momento decisivo de transformação para reduzir os riscos da mudança climática e contribui para outros objetivos globais da ONU, como a erradicação da pobreza.
Foi adotado por consenso neste sábado (12), em Paris, um novo acordo global que busca combater os efeitos das mudanças climáticas, bem como reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
O documento, chamado de Acordo de Paris (acesse aqui), foi ratificado pelas 195 partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e pela União Europeia, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21). Um dos objetivos é manter o aquecimento global “muito abaixo de 2ºC”, buscando ainda “esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 ° C acima dos níveis pré-industriais”.
O limite de 1,5° C representa um patamar ainda mais seguro contra os impactos negativos da mudança climática.
O texto final determina, no que diz respeito ao financiamento climático, que os países desenvolvidos deverão investir 100 bilhões de dólares por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação em países em desenvolvimento.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o Acordo de Paris marca um momento decisivo de transformação para reduzir os riscos da mudança climática. “Pela primeira vez, cada país do mundo se compromete a reduzir as emissões, fortalecer a resiliência e se unir em uma causa comum para combater a mudança do clima. O que já foi impensável se tornou um caminho sem volta”, disse Ban.
“O Acordo de Paris prepara o terreno para o progresso na erradicação da pobreza, no fortalecimento da paz e na garantia de uma vida de dignidade e oportunidade para todos”, acrescentou o chefe da ONU.
O presidente francês, François Hollande, mostrou seu agradecimento ao público presente por ter alcançado um acordo “ambicioso, juridicamente vinculante e universal”. “Nunca poderei expressar minha gratidão à conferência. Vocês podem estar orgulhosos nos olhos de seus filhos e netos.”
“O Acordo de Paris permite a cada delegação e grupo de países a voltar para casa com suas cabeças erguidas. Nosso esforço coletivo vale muito mais do que a some do nosso esforço individual. Nossa responsabilidade com a história é imensa”, disse o presidente da COP21 e ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius. (ONU Brasil/ #Envolverde)
Acesse o documento final da COP21 aqui
Outros detalhes da negociação aqui .
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.