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Nasce a aliança militar islâmica

Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 18/12/2015 – A formação de uma aliança militar islâmica, integrada por 34 países, é uma iniciativa histórica que ajudará a erradicar o terrorismo e assentar as bases para uma paz mundial, destacou o jornal The Gulf Today, dos Emirados Árabes Unidos.Organizações como o Conselho de Anciãos, presidido pelo grande imã de Al Azhar, xeque Ahmad Al Tayyeb, e a Liga Muçulmana Mundial aplaudiram a iniciativa.

A aliança é encabeçada por Arábia Saudita, com participações dos Emirados, Jordânia, Paquistão, Bahrein, Bangladesh, Benin, Turquia, Chade, Túnis, Jibuti, Senegal, Sudão, Serra Leoa, Somália, Gabão, Guiné, Palestina, Comoros, Catar, Costa do Marfim, Kuwait, Líbano, Líbia, Maldivas, Mali, Malásia, Egito, Marrocos, Mauritânia, Níger, Nigéria e Iêmen.

“A fortaleza do grupo pode ser medida pelo fato de que outros dez países islâmicos, entre eles a Indonésia, expressaram seu apoio à aliança”, afirmou o diário. “O centro de operações será em Riad, de onde serão coordenadas as operações militares para lutar contra o terrorismo e para desenvolver os mecanismos necessários para apoiar esses esforços”, acrescentou.

Segundo jornal, “o mundo precisa tomar nota de outro assunto grave: é muito perturbador o aumento da intolerância e de discursos de ódio no âmbito público e nos meios de comunicação nas últimas semanas, particularmente centrados nos muçulmanos”.

“As manifestações evidentes de ódio e intolerância nos enfermam, inclusive de personalidades públicas, em resposta aos atentados terroristas de extremistas violentos, e em particular a propagação deliberada e perigosa de informação errada e manipulação de preocupações e temores com fins políticos”, pontuou o assessor especial para prevenção de genocídios da Organização das Nações Unidas (ONU), Adama Dieng, e da assessora especial para a responsabilidade de proteger, Jennifer Welsh.

“Apesar de a formação de uma aliança islâmica representar uma esperança parao mundo, é razoável esperar que todos os países tomem medidas sérias para erradicar o discurso de ódio e a intolerância”, concluiu o jornal. Envolverde/IPS