Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 14/1/2016 – Os trágicos acontecimentos ocorridos em Bagdá e seus arredores mostram que, mesmo em retirada, o Estado Islâmico representa um perigo, afirmou o jornal The Gulf News, dos Emirados Árabes Unidos.
Nos últimos três anos, vários atentados com bomba, primeiro em um centro comercial de Bagdá e depois contra as forças de segurança, deixaram quase 60 mortos e dezenas de feridos. De fato, o atentado com bomba do dia 11, em um centro comercial dessa cidade, matou 18 pessoas, em duas explosões sucessivas que não tiveram outra finalidade a não ser matar o maior número possível de civis inocentes.
Segundo o jornal, “é difícil compreender o grau de maldade que sai da mente dos responsáveis pelos cruéis atentados, conspirações, busca e colocação de explosivo em lugares onde famílias comuns, comerciantes, homens, mulheres e crianças levam suas vidas cotidianas”.
“Os atentados têm o único objetivo de destruir o tecido social do Iraque, tentar gerar uma disputa sectária e testar as divisões entre xiitas e sunitas. A filosofia terrorista é o credo do Estado Islâmico, decidido a fundar o que chama de um califado mediante balas, bombas, terrorismo, propaganda e intimidação”, destacou o diário.
“Nas últimas semanas, e após uma luta que levou um ano, as forças regulares iraquianas, com apoio de combatentes no terreno e forças aéreas, conseguiram recuperar a cidade de Ramadi, em mãos dos obscuros combatentes do Estado Islâmico”, informou o jornal.
“O primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, qualificou os ataques contra o centro comercial de uma tentativa desesperada de um grupo terrorista” após a vitória de Ramadi. E tem razão”, destacou o The Gulf News.“Mas suas forças ainda terão que enfrentar muitas outras provas e, infelizmente, devido às divisões existentes em seu fraturado país, muitas lágrimas serão derramadas antes de se conseguir erradicar o Estado Islâmico do Iraque”, lamentou o jornal. Envolverde/IPS
