Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 12/1/2016 – Os países do Golfo, assim como as potências ocidentais, deveriam deixar claro a Teerã que não serão tolerados seus planos de hegemonia regional, afirmou o jornal The Khaleej Times, dos Emirados Árabes Unidos.
“As violações de direitos humanos são incessantes no Iêmen, e os rebeldes hutis são responsáveis. Os desaparecimentos de opositores se tornam comuns”, denunciou o diário. “É inaceitável sob o direito internacional e esses atos das milícias apoiadas pelo Irã são um sinal de seu desespero e do fato de que a opinião pública internacional se volta contra elas”, acrescentou.
A organização humanitária Human Rights Watch, com sede em Londres, acusou os rebeldes iemenitas de deterem arbitrariamente dezenas de opositores em Saná, capital do país. Também houve várias denúncias de excessos cometidos contra os detidos.
“Com apoio de combatentes leais ao deposto presidente Ali Abdullah Al Saleh e ao establishment iraniano, os hutis tornaram miserável a vida de seus compatriotas”, destacou o jornal. “Por isso, a coalizão liderada pela Arábia Saudita teve que lançar uma campanha militar contra os rebeldes, pois estes avançavam para a cidade de Adén”, acrescentou.
“Se conseguisse, estaria em risco uma rota de navegação internacional. Inclusive os rebeldes desbarataram as conversações de paz patrocinadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), o que fez com que fosse quebrado o cessar-fogo”, ressaltouo The Khaleej Times. “A saída é eliminar os rebeldes e deixar que o processo político crie raízes com elementos originários”, acrescentou.O jornal afirmou ainda que os hutis deveriam ver a escritura na parede e fariam melhor optando pela saída negociada para a paz. Envolverde/IPS