Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 24/2/2016 – A Síria continua sangrando e com ela também os defensores da paz em todo o mundo, afirma o editorial do jornal The Gulf News, dos Emirados Árabes Unidos. “Lamentavelmente, quando havia aumentado a esperança de paz após a declaração do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, de um ‘acordo provisório’ de cessar-fogo que se tornaria efetivo nos próximos dias, houve várias explosões no bairro Sayyida Zeinab, em Damasco, e na cidade central de Homs, que causaram a morte de várias pessoas”, acrescentou o diário.
A guerra civil da Síria já obrigou milhões de pessoas a abandonarem suas casas e devastou o país. O Observatório Sírio de Direitos Humanos registrou 76.021 mortes em 2015. A organização, com sede na Grã-Bretanha, registrou 18 mil civis mortos em 2014, entre os quais 3.501 crianças.As necessidades humanitárias de mais de 12 milhões de pessoas deslocadas na Síria, e de outros milhões refugiados na região e em outros países, supõem um enorme desafio para a comunidade internacional.
Os atentados, atribuídos ao Estado Islâmico (EI), mostram que essa temível organização ainda não foi reprimida. As atrocidades desse grupo, que controla grandes partes da Síria e do vizinho Iraque, destacam a necessidade de uma pronta solução. Os ataques sem sentido não devem afetar os esforços de paz, diz o editorial.“Os desastres humanitários na Síria exigem uma resposta unida e humana e ninguém pode dizer com convicção que já passou”, concluiu o jornal, com sede em Sharjah. Envolverde/IPS