Sociedade

É possível trazer o fazer artístico pra dentro de sala de aula

arteseducacaoEducadores Beá Meira, Rafael Presto e Valquíria Prates discutem com mais de 200 professores, no Pavilhão Lounge da Bienal, em São Paulo, os rumos do ensino das Artes na educação.

O que é a arte e para que serve? Professores de Arte do Fundamental II – 6º ao 9º anos de Escolas Públicas de SP, podem ter algo em comum que os move: inquietação. E foi esse sentimento que repercutiu no sábado, dia 25, durante o debate “Diálogos: processos artísticos e pedagógicos”, que a SOMOS Educação promoveu no Lounge da Fundação Bienal, no Ibirapuera, em São Paulo (SP). “Arte é uma maneira de dentro para fora de comunicar”, disse Osvaldo, professor da Leste 1. “E serve principalmente para sensibilizar o ser humano”, completou a professora Yoná, também da Leste 1, sobre a função transformadora da arte – e especialmente na sala de aula – já no início dos diálogos. “Sentimos a necessidade de chamar os protagonistas da transformação na educação, os professores, seres naturalmente inquietos, para debatermos a arte em sala de aula. Além de produzir conteúdo e livros, nós temos outro papel fundamental que é o de conectar à rede, como hoje”, diz Tiago Grinman diretor da SOMOS, sobre o debate, que reuniu mais de 200 professores. “A ideia é que troquem experiências, tenham insights para novos projetos, discutam a arte relacionando-a com as demais disciplinas no mundo escolar, engrandecendo o currículo. Em resumo, é elevar a qualidade do diálogo”, completa.

Entre os palestrantes convidados estavam Beá Meira e Rafael Presto, autores do livro Projeto Mosaico Arte, da Editora Scipione, voltado para o ensino de Arte das séries Fundamental II – 6º ao 9º anos, e Valquíria Prates, organizadora do livro Incerteza Viva – processos artísticos e pedagógicos na 32˚ Bienal de São Paulo. Os especialistas tiveram muito assunto para debater com os professores. Para Beá, o grande mérito do ensino de Artes na escola é promover o protagonismo do aluno. É também quando se aplica a abordagem transdisciplinar, “atravessar saberes”. “Esse é um dos grandes desafios para o século XXI, construir conhecimentos para além das disciplinas e da visão dos especialistas”, afirma. “A disciplina de Arte é um ponto de partida para fazer isso dentro das comunidades escolares”, complementa.  Já Rafael Presto cita a escola e o ensino artístico como um espaço potencial de afetividade, que é quando os professores podem explorar ao máximo projetos com abordagens multiculturais. “São lugares privilegiados para isso, com possibilidade de trabalhar temas transversais. O maior prêmio é o processo, é a evolução do aluno”.

Currículo

Desde 2010 o ensino de Arte em todos os níveis da Educação Básica é obrigatório, com o objetivo de promover o desenvolvimento cultural dos alunos. Mais recentemente, no último dia 3 de junho, o governo federal inseriu o ensino de teatro, artes visuais e dança ao currículo básico brasileiro (ensinos Fundamental e Médio).

Sobre a Editora Scipione (www.scipione.com.br) – Há mais de 20 anos a Editora Scipione desenvolve obras didáticas e paradidáticas de autores brasileiros e estrangeiros. A preocupação em acompanhar as mudanças e as necessidades do cenário educacional sempre norteou sua atuação. Dessa forma, a Scipione se consolidou como uma editora inovadora e parceira dos professores, lançando grandes sucessos pedagógicos e literatura de qualidade. Coleciona importantes prêmios, como Jabuti, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA). Junto com a Editora Ática e Saraiva, integra o portfólio de editoras da SOMOS Educação.

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