Por Júlio Ottoboni*
Uma onda de hortas comunitárias e orgânicas está tomando até mesmo os espaços mais inusitados em São José dos Campos. As iniciativas são várias. Elas vão desde o plantio em jardins residenciais, em varandas de apartamentos até em espaços convertidos para a promoção de eventos de médio porte.
Uma das mais bem sucedidas iniciativas neste sentido acontece aos sábados e domingos no espaço Café na Horta, no Recanto Eko, no Urbanova. Neste local há o encontro de diversos produtores, inclusive de alimentos orgânicos prontos e já virou local com um grande número de frequentadores.
“É uma proposta que tem conseguido adeptos e aqui nós mesmos plantamos, mostramos os produtos e a necessidade de se ter essa nova consciência ambiental”, comentou uma das idealizadoras do Café na Horta, a jornalista e também produtora de lavoura orgânica Clarissa Passos.
A prefeitura também tem promovido oficinas dentro do Programa Hortas urbanas grupos de aproximadamente 30 pessoas em situação de rua, assistidas pela Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS). Coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente (Semea), a atividade foi realizada na Casa da Ilha, no Parque da Cidade “Roberto Burle Marx”.
O programa oferece noções básicas para cultivo de hortaliças, ervas e temperos em pequenos espaços, promovendo o resgate do contato com a terra e estimulando a alimentação saudável, livre de agrotóxicos. E essa tem sido uma opção para os plantios caseiros de maneira correta. Pois muitos acabam desistindo das hortas caseiras por desconhecer as técnicas básicas de plantio.
O objetivo da secretaria de meio ambiente é promover a socialização e incentivar os participantes na construção de hortas comunitárias. Elas cumprem, entre outros objetivos, o plantio e uso das hortas nos abrigos públicos e uma forma de capacitação para contribuir com a geração de renda e subsistência destas pessoas.
Durante a oficina, os participantes recebem noções sobre os benefícios de cultivar hortas domésticas e de ser produzir o próprio alimento.
Dentro do projeto são cumpridas cinco diferentes estações, desde as instruções práticas dos monitores sobre a preparação do solo, adubação, plantio das sementes, rega, controle de pragas, ferramentas necessárias e materiais que podem ser reaproveitados até o uso de garrafas pet e outras embalagens.
A atividade ainda mostra o Programa Compostar o Plantar, que faz parte da política municipal de resíduos sólidos. Ele orienta como adotar a compostagem de resíduos orgânicos para produção de adubo rico em nutrientes, que poderá servir na conservação das hortas. (#Envolverde)
* Júlio Ottoboni é jornalista diplomado, pós graduado em jornalismo científico. Tem 30 anos de profissão, atuou na AE, Estadão, GZM, JB entre outros veículos. Tem diversos cursos na área de meio ambiente, tema ao qual se dedica atualmente.
