Economia

PNUD aponta onde setor privado pode investir melhor em filantropia

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com a Rockefeller Philanthropy Advisors, lançou em 12 de dezembro, no Rio de Janeiro, o relatório Filantropia e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: engajando o investimento social privado na agenda do desenvolvimento global.

O documento é um esforço de mapeamento da implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil por atores de filantropia, empresas e sociedade civil. Aponta onde o setor privado melhor pode investir em termos de filantropia, além de indicar as principais lacunas nesse tipo de investimento.  O relatório foi fruto da parceria de várias fundações nacionais e institutos, como a Fundação Roberto Marinho, a Rede Globo, o Itaú, a Fundação Itaú Social, a Fundação Banco do Brasil e o Instituto Sabin, além de contar com o apoio de associações filantrópicas GIFE, IDIS, WINGS e Comunitas.

Interior do Museu do Amanhã, localizado na Praça Mauá, zona portuária da capital fluminense. Foto: Agência Brasil/Tomaz Silva
Interior do Museu do Amanhã, localizado na Praça Mauá, zona portuária da capital fluminense. Foto: Agência Brasil/Tomaz Silva

A Plataforma de Filantropia é uma iniciativa global que busca encorajar a filantropia e conectá-la ao conhecimento de redes que possam aprofundar a cooperação, alavancar recursos e aumentar seu impacto. O ambicioso esforço da iniciativa é reconhecer os obstáculos e as capacidades de cada país para a filantropia, oferecendo soluções adaptadas a cada contexto local, ao mesmo tempo em que tem os ODS como referência.

No Brasil, a Plataforma da Filantropia foi estabelecida no fim de 2016, sob a coordenação de empresas e organizações parceiras e associações de filantropia, com o apoio do PNUD. Um dos resultados dessa parceria foi a conexão de dados, conhecimentos e redes de práticas para uma compreensão aprofundada do ambiente filantrópico no Brasil, compilados no relatório O documento confirma algumas expectativas, mas também apresenta surpresas de um setor dinâmico que tem ganhado força no Brasil.

O relatório indica, entre outros fatos, que a educação é a área que recebe mais investimento social privado no Brasil (84%), seguido por desenvolvimento profissional e cidadão para jovens (60%) e artes e cultura (51%). A área de Direitos Humanos ganhou força nos investimentos privados, crescendo 14% entre 2014 e 2016. O volume dos investimentos filantrópicos em 2016 foi de R$ 2,9 bilhões, as doações chegam a 0,23% do PIB nacional. Nos Estados Unidos, em comparação, a parcela do PIB doada é de 2%.

Mais informações estão disponíveis em www.SDGphilanthropy.org.

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