Sustentabilidade inspira criação de brinquedos educativos

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90% dos fabricantes sustentáveis do Brasil são artesãos.

A empresa canadense Hape desenvolveu uma casa de bonecas cheia de engenhocas. O telhado é feito de placas de energia solar, que funcionam de verdade – carregam baterias e acendem lâmpadas. A construção apresenta conceitos modernos de moradia, como reaproveitamento de água, lixeiras recicláveis, plantação com energia eólica e estufa.

“A grande mudança no mercado de brinquedos educativos vem sendo provocada por grandes empresas estrangeiras, que investiram em maquinário e conseguem misturar materiais como plástico e madeira, que permitem outro tipo de acabamento”, afirmou ao jornal Estado de São Paulo, o comerciante Alexandre Freitas Ito, de 32 anos, filho de Altino Ito, fundador da primeira loja de brinquedos educativos de São Paulo – a Trenzinho.

Segundo Ito, a casa ecológica completa (com mobília, plantação, estufa e todos os acessórios e equipamentos) custa R$ 1.900. “Mas é possível comprar só a casa e ir equipando aos poucos”, explicou o comerciante. Apenas a estrutura custa R$ 400.

 

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Brinquedos são feitos de madeira alemã reflorestada.

Madeira reflorestada

A empresa Manhattan Toys, que é pioneira no uso de não-tecidos tradicionais em brinquedos de pelúcia, lançou os carrinhos Automoblox feitos com madeira alemã reflorestada. O produto possui polímeros recicláveis e atóxicos (não prejudiciais a saúde das crianças) e conta com um design detalhado, que chama a atenção pela diversidade de modelos – há do calhambeque ao esportivo.

O brinquedo é totalmente desmontável. A intenção é que a criança aprenda o que o veículo possui, por exemplo, as rodas, as calotas (feitas com material semelhante ao aço) e os pneus (coloridos). Um Automoblox custa R$ 208, a depender do modelo.

Brasil

No Brasil, 90% dos fabricantes de brinquedos sustentáveis são artesãos. “É um brinquedo feito com amor, muito diferente dos produzidos pela grande indústria”, opinou Costabile Dibiasi, de 67 anos, que presta consultoria no setor. No estado de São Paulo há, aproximadamente, 200 lojas de brinquedos educativos.

“Para ser educativo, não precisa ser ecochato. O brinquedo tem de ser atraente”, completou Sueli Gondim, proprietária de uma fábrica de brinquedos, em São Paulo.

* Publicado originalmente no site EcoD.