ODS17

Low Carbon Brazil avalia o impacto ambiental dos projetos selecionados em seu programa

Prestes a realizar um grande evento que irá reunir em setembro de 2019 as principais instituições financeiras e investidores, com foco em sustentabilidade, do Brasil e da Europa, além de representantes dos projetos selecionados pelo programa, o Low Carbon Brazil faz uma análise do impacto ambiental dos cerca de 90 projetos que estão sob sua responsabilidade no Brasil, fruto de parcerias bem-sucedidas entre empresas brasileiras e europeias.

Essas entidades financeiras, entre Bancos Comerciais e de Desenvolvimento, Agências de Crédito à Exportação e Seguradoras, assim como investidores brasileiros em suas diversas formas: Seed, Venture Capital, Private Equity e Impact, todos com interesse em encontrar oportunidades nos mercados de baixo carbono, irão tornar realidade muitos projetos em prol do câmbio climático e da qualidade de vida da população brasileira.

Desde que teve início, em 2015, o projeto financiado pela União Europeia, que promoveu o intercâmbio entre pequenas e médias empresas brasileiras e europeias no desenvolvimento de soluções inovadoras na economia de baixo carbono, já comprovou a viabilidade de futuros projetos com resultados de ordem econômica em investimentos, geração de emprego e redução de emissões de efeito estufa.

As análises prévias realizadas pelos estudiosos técnicos dos projetos escolhidos levantaram alguns números muito expressivos (base anual):

Indicadores de emissão de GHG

– Redução de emissões: serão evitadas 30.675 toneladas de CO2

Indicadores de Energia

– Geração de Energia Renovável: 160.027 MWh

– Produção e/ou consumo de biocombustíveis: 976.360 Giga Joules

– Energia economizada: 2.458 MWh

Indicadores de água

– Redução no uso de água: 3.310.000 m3

– Água reciclada e / ou reutilizada: 8.500.000 m3

Indicadores de desperdício

– Evitar a eliminação de resíduos: 13 toneladas

– Resíduos que serão reutilizados, reciclados, reavaliados: 382.167 toneladas

Indicadores de poluição do ar

– Expectativa de redução de Emissões de Material Particulado: 2,5 toneladas

– Expectativa de redução de Emissões de NOx (Óxido de nitrogênio) / SO2 (dióxido de enxofre): 14,3 toneladas

Só no quesito de redução de emissões de CO2, os resultados dos projetos apoiados pelo Low Carbon Brazil, equivalem ao estoque de Carbono em 193 hectares na Floresta Amazônica. A eficiência energética em redução de energia é comparável ao consumo anual de energia em 83.522 lares.

Como e quando tudo começou

Tudo teve início com o ideal da União Europeia, líder na transição para uma economia de baixo carbono, de desenvolver uma iniciativa pioneira que buscasse aproximar pequenas e médias empresas do Brasil e da Europa que possuíssem soluções inovadoras de tecnologias para reduzir os impactos climáticos.

O principal objetivo da iniciativa foi o de formar acordos de parcerias comerciais nos setores de baixo carbono entre as empresas e auxiliar para que elas tivessem acesso a fundos verdes para financiar seus projetos, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil.

O Brasil é o 10º maior emissor individual de GEE, principalmente devido às atividades em setores como a agropecuária e de mudança de uso da terra, atividades florestais, processos industriais e gestão de resíduos.

No entanto, tem a maior economia da América Latina e está comprometido com o uso de tecnologias limpas. Nesse cenário, e com a União Europeia como líder na oferta de tecnologias e serviços de baixo carbono, o projeto também se apresenta como grande incentivador no intercâmbio de soluções inovadoras contra as mudanças climáticas, além de ser uma maneira de internacionalizar as pequenas e médias empresas europeias dentro do contexto de sustentabilidade econômica e ambiental.

Formado por um Comitê Diretivo de entidades nacionais, públicas e privadas, tais como Sebrae, Confederação Nacional da Agricultura, Confederação Nacional da Indústria, Federação Brasileira dos bancos, , Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Ministério do Meio Ambiente, e pelas Diretorias Gerais da Comissão Europeia – DG Growth e DG Clima, o Low Carbon Business Action in Brazil teve início em setembro de 2015, reunindo mais de 300 empresas brasileiras e europeias. Ao longo de 2016 e 2017, diversas rodadas de negócios foram realizadas em algumas cidades brasileiras, até que 90 projetos foram selecionados para receber assistência técnica a fim de viabilizar os futuros investimentos.

O Low Carbon Business Action encerra seu ciclo no fim de 2019.

Mesmo com projetos na maioria dos 27 estados brasileiros, cerca de 50% das parcerias fechadas foi entre os estados do Sul e Sudeste do Brasil, com empresas de quase todos os países da União Europeia. Os setores de gestão de resíduos e biogás estão inseridos na maioria das soluções inovadoras.

“É uma grande oportunidade de troca entre o que as empresas brasileiras têm planejado, em termos de redução de emissões GEE, inovação tecnológica e sustentabilidade, e o que podem realizar juntamente com empresas europeias para evoluir no combate às mudanças climáticas no Brasil. A maioria dos cases apresentados tem total capacidade de realização e irá contribuir muito para o combate das mudanças climáticas no Brasil”, afirma a líder do projeto Low Carbon Business Action in Brazil, Mercedes Blázquez.

“Há muitas soluções já destinadas a indústrias com possíveis clientes potenciais identificados. Acima de tudo, estamos falando de algo muito concreto, que pode gerar empregos e investimentos, além de resolver problemas concretos que desafiam o combate aos impactos negativos ao meio ambiente”, completa Mercedes.

Já em sua segunda fase, o Low Carbon Business Action in Brazil espera mobilizar cerca de 300 milhões de Euros em investimentos. “Estamos em uma fase extremamente importante do projeto. As instituições financeiras brasileiras e europeias que podem financiar projetos low carbon já estão identificadas e, em setembro , iremos promover um grande encontro entre elas e as empresas para discutir e alinhar as parcerias financeiras”, enfatizou Mercedes Blazquez.

“O evento Business to Finance (B2F) visa justamente isso, apresentar as cerca de 90 empresas participantes (Brasil e Europa) às instituições financeiras que irão fazer com que seus projetos saiam do papel e, acima de tudo, contribuindo para a redução de emissões de gases GEE no Brasil e, consequentemente, favorecendo o meio ambiente e o progresso econômico sustentável do país”, finaliza.

Para mais informações acesse: www.lowcarbonbrazil.com

Mais sobre

Low Carbon Business Action in Brazil
O Low Carbon Business Action in Brazil é um programa financiado pela União Europeia iniciado em setembro de 2015 para aproximar pequenas e médias empresas (PMEs) do Brasil e de seus 28 Estados membros, além de apoiar acordos de cooperação e parcerias em 5 setores de baixo carbono: Agricultura e atividades florestais; Energias renováveis; Processos industriais, Gestão de resíduos e biogás, e eficiência energética em edifícios e indústria.

O Low Carbon Brazil conta com o apoio de entidades como CNA, CNI, Febraban, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Ministério do Meio Ambiente, e pelas Diretorias Gerais da Comissão Europeia – FPI, DG Growth e DG Clima. www.lowcarbonbrazil.com

União Europeia
Os Estados-Membros da União Europeia decidiram associar os seus conhecimentos, recursos e destinos. Juntos, eles construíram uma zona de estabilidade, democracia e desenvolvimento sustentável mantendo a diversidade cultural, a tolerância e as liberdades individuais. A União Europeia está comprometida a compartilhar suas conquistas e seus valores com países e povos além de suas fronteiras. europa.eu

(#Envolverde)